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Polícia israelita detém 133 suspeitos de actos criminosos contra palestinianos

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A polícia israelita deteve hoje 133 pessoas por suspeitas de envolvimento em atos criminosos contra a comunidade palestiniana, que está a sofrer este ano uma onda de violência sem precedentes.

Mais de 140 palestinianos foram assassinados em Israel desde o início do ano, o que já supera o recorde de 126 registado em 2021, segundo o levantamento feito pela organização Iniciativas de Abraão.

A polícia atribui a escalada da crise ao facto de muitas das suas forças terem sido deslocadas por causa dos permanentes protestos antigovernamentais, mas defensores da igualdade e integração dos árabes em Israel contrapõem que a causa está antes em décadas de passividade e desinteresse com a situação destas pessoas.

Com efeito, esta criminalidade está concentrada no norte, onde o movimento de protesto contra o governo tem sido mais fraco.

As autoridades israelitas não conseguiram deter o derramamento de sangue, apesar das promessas de fundos e polícia para responder aos problemas sociais que sustentam a vaga de violência.

O governo de Israel, o mais direitista da história do país, anunciou em 09 de agosto que ia reter mais de 55 milhões de dólares destinados às comunidades palestinianas, até que possa garantir que não vão cair nas mãos de criminosos.

Em junho, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, formou um comité interministerial para responder à violência no setor palestiniano, mas ainda não se viram resultados tangíveis. Muitos veem mesmo como um grande impedimento o facto de o extremista Itamar Ben Gvir, conhecido pelas suas posições anti palestinianas, ser o ministro da Segurança Nacional, que controla a polícia.