Foi depois de percorrer uma obra de 59 milhões de euros, uma empreitada que diz muito aos munícipes do Jardim da Serra, que o presidente do Município de Câmara de Lobos disse que esta não é uma obra qualquer.

“Andam por aí em dizer que há obras inúteis, para que aqueles que dizem que são inúteis perguntem às pessoas do Jardim da Serra”, exortou o autarca social-democrata em fim de mandato.

E reforçou, sobretudo para os críticos do “betão” que a construção civil não se faz com “folhas de bananeira”. Pedro Coelho usava nesse momento um tom forte sobretudo por saber que a freguesia depende muito do sector da construção, por isso mesmo não foi estranho que fosse brindado com uma salva de palmas por ter referido esse detalhe.

De resto disse insistiu que a obra fosse concluída porque muitos populares da localidade contribuíram para o desenvolvimento da Madeira, portanto, na sua opinião, era legítimo que também tivessem um acesso em Via Expresso.

A obra agora concretizada, que constituirá para a população uma alternativa mais curta, mais rápida e mais segura, melhorando, assim, as condições de acessibilidade ao centro da freguesia do Jardim da Serra.

O novo itinerário desenvolve-se numa extensão aproximada de 2.720 metros, integrando três túneis.

A obra executada em duas fases representa um investimento na ordem dos 59 milhões de euros (IVA incluído).

Para trás, em 2017, ficou a inauguração do primeiro troço desta ligação entre Câmara de Lobos ao Estreito de Câmara de Lobos. Por falta de financiamento a obra foi interrompida quando já tinham sido executados trabalhos no valor de 17 milhões de euros.

Mais tarde, durante a vigência do plano de austeridade (PAEF-RAM), os trabalhos foram retomados custando 61 milhões de euros.