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214 mil euros é quanto Alexandra Reis deverá devolver à TAP

Foto ANTÓNIO COTRIM/LUSA
Foto ANTÓNIO COTRIM/LUSA

A ex-administradora da TAP, Alexandra Reis deverá ficar com quase 132 mil euros dos 500 mil que recebera de indemnização pela saída da companhia aérea pública. Assim, irá devolver cerca de 42,8% do meio milhão de euros recebido por ter cessado funções. Na prática devem ser 214 mil euros a devolver.

De acordo com as contas do Correio da Manhã, citado pelo CN, a ex-secretária de Estado do Tesouro ficará com 131.750 euros da indemnização, "sendo que 56.500 euros dizem respeito à cessação do contrato laboral como diretora da TAP e 75.250 euros são referentes a férias vincendas e não gozadas".

Inicialmente, uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) concluíra que Alexandra reis teria de devolver mais de 450 mil euros brutos, "sem prejuízo do direito ao abono dos dias de férias não gozados", da compensação que lhe foi paga pela companhia aérea, dado que o acordo celebrado para a saída da transportadora foi considerado nulo, lembra o DN.

Recorda que "o relatório da IGF indicou que Alexandra Reis teria 'de devolver à TAP os valores que recebeu na sequência da cessação de funções enquanto administradora, os quais ascendem a 443.500 euros, a que acrescem, pelo menos, 6.610,26 euros, correspondentes a benefícios em espécie'. A IGF salvaguardou, porém, que a ex-administradora da TAP 'terá direito ao abono dos dias de férias não gozados naquela qualidade'", justifica.

Com a divulgação do relatório, foram exonerados o presidente do Conselho de Administração e a presidente executiva da TAP, Manuel Beja e Christine Ourmières-Widener, respectivamente, companhia que agora tem em Luís Silva Rodrigues (ex-líder da SATA) a ocupar os dois cargos.

"A polémica em torno do meio milhão de euros de indemnização que Alexandra Reis recebeu da TAP levou à demissão de Pedro Nuno Santos das funções de ministro das Infraestruturas e da Habitação, bem como do secretário de Estado Hugo Mendes", num processo que também já arrastou vários outros nomes, entre os quais Carlos Pereira, deputado socialista que saiu da referida comissão, do ministro das Infra-estruturas João Galamba e seu assessor, à volta de notas de relevo e um computador, inclusive levou ao esfriamento da relação entre o primeiro-ministro e o presidente da República.

E a comissão ainda está longe de concluir os seus trabalhos.