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Primeiro-ministro grego pede novas eleições para tentar maioria absoluta

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FOTO EPA/CHARIS AKRIVIADIS

O primeiro-ministro grego defendeu hoje a realização de novas eleições em 25 de junho, para tentar obter uma maioria absoluta, depois de a vitória nas legislativas de domingo ter sido insuficiente para formar um governo sozinho.

Kyriakos Mitsotakis, líder do partido conservador Nova Democracia (ND), disse querer eleições "o mais rapidamente possível", propondo 25 de junho, durante um encontro com a Presidente da República, Katerina Sakellaropoulou, segundo a agência francesa AFP.

O ND venceu as eleições de domingo, com 40,8% dos votos, de acordo com os resultados finais.

O principal rival, o Syriza, liderado pelo antigo primeiro-ministro Alexis Tsipras, que encarnou as esperanças da esquerda radical na Europa quando chegou ao poder em 2015, sofreu um duro revés com 20% dos votos.

Os sociais-democratas do Pasok-Kinal ficaram em terceiro lugar, com 11,5%.

Com estes resultados, Mitsotakis infligiu à oposição a maior derrota em meio século, de acordo com a agência norte-americana AP.

Triunfante no domingo à noite, Mitsotakis descreveu a vitória como um "terramoto político" e abriu caminho para novas eleições legislativas.

Apesar da dimensão da vitória, o líder de 55 anos, que está à frente da Grécia desde 2019, falhou por pouco a maioria absoluta, ao eleger 146 deputados, quando precisava de 151 para formar um governo sozinho.

As próximas eleições serão realizadas sob um sistema eleitoral diferente, em que o partido vencedor receberá um bónus de até 50 lugares e, segundo os cálculos do ND, isso garantirá uma maioria absoluta.

De acordo com o procedimento previsto pela Constituição, a Presidente concedeu um mandato a Mitsotakis para tentar formar uma coligação.

Mitsotakis já anunciou que vai devolver o mandato hoje à tarde, alegando que não vê qualquer possibilidade de formar governo na situação atual.

Mandatos semelhantes serão depois atribuídos aos outros quatro partidos representados no novo parlamento, mas sem qualquer hipótese de sucesso.

Perante este impasse, será nomeado um juiz superior como primeiro-ministro interino e serão convocadas novas eleições, segundo a AFP.