Madeira

Empréstimos e crédito malparado diminuíram nas famílias e nas empresas da Madeira

Rácios de crédito vencido e saldo dos empréstimos concedidos às sociedades não financeiras e às famílias no 1.º trimestre de 2023 em termos homólogos

Foto Shutterstock
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No final do 1.º trimestre de 2023, "o saldo do volume de empréstimos concedidos a sociedades não financeiras (SNF) da Região Autónoma, bem como às famílias madeirenses, diminuíram em relação a igual período do ano passado. O mais interessante é que também o crédito malparado tanto nas empresas como nas pessoas diminuiu.

Até Março o volume de empréstimos das empresas "era de 2 mil milhões de euros, menos 102,3 milhões de euros que no final de Março de 2022 e menos 28,1 milhões que em Dezembro de 2022", informa a Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM), de acordo com os dados disponibilizados pelo Banco de Portugal.

Diz a DREM que "o rácio de crédito  vencido deste tipo de sociedades manteve-se inalterado  face ao final do ano de 2022, fixando-se nos 2,1%, no final do período de referência, sendo que, comparativamente ao trimestre homólogo, houve uma redução de 0,3 pontos percentuais (p.p.)", enquanto que "o montante de crédito malparado no âmbito das sociedades não financeiras, com sede na Região, situava-se, no período em referência, nos 42,1 milhões de euros (+0,4 milhões de euros que em Dezembro passado e -6,7 milhões de euros face a Março do ano anterior)".

Ora, se "a percentagem de devedores do sector das SNF com empréstimos vencidos, no final de Março de 2023, era de 15,6%, valor acima da média nacional (14,9% no mesmo período)", face a Março de 2022, este indicador aumentou 1,3 p.p. na Região", já no sector das famílias (e das Instituições sem Fins Lucrativos ao Serviço das Famílias - ISFLSF), assistiu-se a uma redução de 182,3 milhões de euros em termos homólogos no saldo dos empréstimos concedidos, cifrando-se este nos 3,1 mil milhões de euros, no final do 1.º trimestre de 2023. Quando comparado o saldo com o do trimestre precedente, observa-se igualmente uma redução, de cerca de 6,3 milhões de euros. Ao detalhar-se a análise, verifica-se que 72,3% daquele saldo era referente ao segmento da habitação e os 27,7% restantes ao consumo e outros fins".

Diz ainda que "relativamente aos empréstimos vencidos no segmento da habitação, os mesmos não ultrapassavam os 6,9 milhões de euros, representando um rácio de empréstimos vencidos de 0,3%, mantendo-se, deste modo, o mínimo histórico face à serie disponível, que se inicia em Março de 2009. Entre Março de 2022 e Março de 2023, o rácio de empréstimos vencidos da habitação reduziu-se em 0,2 p.p. na Região".

Quando ao número de devedores do sector institucional famílias e ISFLSF este "cresceu face ao trimestre homólogo para os 100,9 mil (+0,8 milhares), sendo que estavam contabilizados, no final do 1.º trimestre de 2023, cerca de 43,7 mil devedores com crédito à habitação (-0,7 milhares de devedores) e 84,5 mil com crédito para consumo e outros fins (+1,0 milhares)", conclui.