Madeira

Problema que levou à falta de vacinas na Madeira já estará resolvido

O ministro da Saúde garantiu, hoje, que os constrangimentos nacionais que também foram sentidos na Região já estariam ultrapassados

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Foto: Shutterstock

A notícia que esteve em destaque na edição de ontem do DIÁRIO, com os constrangimentos sentidos na Região trazidos a primeiro plano, foi hoje amplamente abordada por vários órgãos de comunicação nacional.

O problema com a aquisição das vacinas que fazem parte dos Planos Nacional e Regional de Vacinação, cujo financiamento é assegurado pelo Governo da República, já estará ultrapassado. A garantia foi dada esta terça-feira pelo ministro da Saúde.

Manuel Pizarro, sem adiantar muito mais do que já havia sido apontado ao DIÁRIO, no passado domingo, pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), entidade que tem à sua responsabilidade as áreas de compras e logística do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dos órgãos e serviços do Ministério da Saúde, assegurou que, nas próximas semanas, será concluído o concurso que vai garantir "o abastecimento pleno" de vacinas.

Embora o governante tenha referido que o atraso de cerca de seis meses no concurso que permitirá a compra não tenha originado a falta de vacinas, o certo é que, na Madeira, a ruptura aconteceu mesmo, tal como confirmou, ao DIÁRIO, o Serviço Regional de Saúde (SESARAM), quando confrontado com a situação de alguns pais terem de pagar as vacinas que deviam ser gratuitas, por fazerem parte dos planos nacional e regional.

Como o DIÁRIO deu conta, na edição impressa desta segunda-feira, vários centros de saúde têm procedido ao adiamento da vacinação de bebés com menos de um ano por não terem stock, por exemplo, da Prevenar 13, uma vacina que é administrada em várias doses, custando cada uma delas cerca de 60 euros, quando adquirida sem receita.

Conforme referiu o SESARAM, a Madeira terá sido informada a meados de Abril que o concurso estaria atrasado, sendo que, por esse motivo, os serviços regionais avançaram com uma aquisição directa aos laboratórios, enquanto o problema de Lisboa não era resolvido. Acontece que, tal como salientou a empresa pública que gere a saúde regional, os constrangimentos sentidos no Aeroporto da Madeira não facilitaram o processo.

Hoje, o ministro da Saúde afiançou que “não há falta de vacinas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), há é uma gestão mais prudente de 'stocks'. É verdade que as aquisições nos últimos meses têm sido feitas por períodos mais curtos do que era habitual, e isso obriga a fazer uma gestão de 'stocks' prudente, mas não há falta de vacinas do plano nacional de vacinas", disse, Manuel Pizarro quando questionado pelos jornalistas sobre o problema.

Em causa esteve a autorização por parte do Ministério das Finanças. “O que estamos a fazer é mesmo uma mudança na relação entre a Saúde e as Finanças, e nunca tive ilusões de que este primeiro ano ia ser um ano com muitas arestas para limar. Tenho expectativa de que nas próximas semanas também tenhamos nessa matéria muitas notícias”, disse o ministro para justificar a demora.