Madeira

Binter assegura que aterragem foi realizada com "segurança"

Voo proveniente de Tenerife 'furou' limites de vento impostos no Aeroporto da Madeira, na semana passada

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Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) confirma incidente e revela que companhia espanhola sujeita-se a processo de contra-ordenação

A Binter explica, através de comunicado à imprensa, o que se passou no dia 9 de Maio e que envolveu o voo NT942 proveniente de Tenerife. O tema fez a manchete da edição impressa do DIÁRIO de sexta-feira.

A companhia espanhola assegura que a manobra de aterragem do ATR no Aeroporto da Madeira "foi realizada em segurança" e que se tratou de "um pouso sem turbulência (nem leve nem severa), nem qualquer outra ocorrência que pudesse ser perigosa". 

Em causa está o reporte feito pela torre de controlo do aeroporto madeirense a dar conta de que o avião tinha aterrado, num dia de ventos fortes e de constrangimento nas operações, fora dos limites impostos pela autoridade aeronáutica.

A empresa que refere já ter contactado as autoridades competentes e manifestou vontade de "com elas colaborar" no que for necessário para o cabal esclarecimento do episódio, descreve que a aterragem da passada terça-feira foi efectuada "na zona de contacto habitual, ao centro e com a altitude adequada. Esta manobra é conhecida como 'butter landing' devido ao rigor e fluidez com que é realizada, como se pode verificar no vídeo que inclui as imagens do momento".

Mais informa a Binter que o piloto que realizou a manobra acumula mais de 9.500 horas de voo, tendo já operado no Aeroporto da Madeira em 67 ocasiões. 

O que a Binter não revela no comunicado emitido este sábado é o motivo ou os motivos que estiveram na origem da aterragem fora dos limites de vento. Situação que não é permitida no Aeroporto da Madeira.

O avião proveniente de Tenerife foi um dos poucos que conseguiu aterrar a 9 de Maio, dia em que foram cancelados dezenas de voos provenientes de diversos destinos.

A Autoridade Nacional de Aviação Civil - ANAC - confirmou ao DIÁRIO que recebeu o reporte da situação e que está a investigar, sujeitando-se a empresa espanhola a um processo de contra-ordenação.

A ocorrência vai ser também registada no sistema europeu ECCAIRS, de acesso a todas as autoridades europeias.