O presidente do PS-M questionou directamente o presidente do Governo Regional, desde o Porto Santo, sobre o plano de contingência do Aeroporto da Madeira, afectado nesta última semana pelos ventos fortes que chegaram a paralisar a operação aérea.

"Dizem (o Governo Regional) que o plano de contingência existe, mas nunca o mostram. Nós fazemos a mesma pergunta e a resposta é sempre igual", disse Sérgio Gonçalves perante a vasta assistência que marca presença no Centro de Congressos do Porto Santo. O líder socialista garante que não há nenhum plano em vigor, "como vimos esta semana", e que o plano do Governo Regional foi o verbalizado por Miguel Albuquerque, que é "deixar o vento forte passar".

Sobre esta temática recorrente, Sérgio Gonçalves advoga que o Porto Santo pode e deve ser uma alternativa ao Aeroporto da Madeira, quando o mesmo for afectado por condições meteorológicas adversas. "Não queremos que o Porto Santo sirva apenas para estacionar aeronaves, mas que seja uma alternativa", com a correspondente ligação marítima com a Madeira. Não é a solução óptima, mas é a que existe", sublinhou.

No arranque dos Estados Gerais dedicados ao Turismo, Sérgio Gonçalves fez a radiografia do sector, pediu que o Governo Regional apostasse também noutras áreas de actividade, criticou a não alocação de verbas do PRR para a inovação digital e  a formação profissional "insuficiente" existente na Região.

O presidente do PS-M defende a existência de um turismo gerador de valor e não massificado, porque segundo referiu "temos turismo a mais e economia a menos".

O evento conta a participação de Nuno Fazenda, secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, que vai participar por videoconferência, José Alberto Cardoso, gestor hoteleiro e antigo dirigente da Associação de Promoção da Madeira, Alex Muñoz, professor universitário da Costa Rica e Filipa Caldeira, guia intérprete.