Nacional a qualquer preço
A direcção ameaçou que se demitia se a sua desejada carta branca não fosse aprovada.
Ganhou por um voto, numa segunda contagem inexistente com mais dois votos que não levantaram o braço, mas que o escrutinador pressupôs que por serem da Assembleia Geral eram a favor. Mas de facto não votaram.
Foram dois votos inventados. E porque não admitiram o voto secreto como foi proposto por um sócio? Tinham medo de quê? O que move esta direcção que quer liberdade para negociar e vender secretamente nas costas dos sócios? Algo de grave para os sócios não saberem? É preciso a anuência final dos sócios. É preciso uma nova Assembleia para aprovar a hipotética venda com dados concretos. O Presidente não deve assumir essa posição histórica sozinho. O Nacional não tem 29 anos e não quer decisões absolutistas e secretas. Depois de Rui Alves, o Nacional terá sócios para continuar o seu caminho centenário que saberão encontrar alternativas credíveis. Rui Alves quer despachar o Nacional a qualquer custo? Que se vá embora e não carregue o peso de uma anunciada sepultura que tem vindo a construir. Os resultados estão à vista. O clube definha. O futuro que esta direcção desenha é a morte de uma história, como morreram outros projectos não concretizados, como o regresso à primeira liga já este ano, com um lar e um pavilhão...
J. A.