Mundo

Lula da Silva garante que economia brasileira voltará a crescer

None
Foto EPA

O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, garantiu esta segunda-feira que a economia do país voltará a crescer este ano, mais do que "muitos pessimistas esperam".

Lula da Silva, que passou a semana passada em reclusão a recuperar de uma broncopneumonia que o obrigou a adiar uma visita oficial à China, retomou hoje as suas atividades normais e reuniu-se com membros de seu gabinete para discutir a situação económica do país.

No início do encontro, admitiu que "muita coisa ainda não está a funcionar no Governo", que tomou posse em 01 de janeiro, mas garantiu que nos próximos dias será anunciada uma série de medidas para incentivar o investimento no setor agrícola e de infraestruturas.

Entre estes investimentos, o Presidente brasileiro destacou um novo programa para atrair a iniciativa privada, que será anunciado nas próximas semanas e sobre o qual ainda não se conhecem mais detalhes.

Lula da Silva também se mostrou confiante em relação à receção que terá no Congresso uma proposta de flexibilização de uma legislação fiscal rígida vigente desde 2016, que limita o aumento anual dos gastos públicos à inflação registada no ano anterior.

Segundo o Governo brasileiro, essa norma mantém o investimento público congelado e impede que o Estado atue no processo económico, condição que Lula da Silva considera fundamental e pretende resgatar.

Da mesma forma, o chefe de Estado brasileiro citou uma reforma tributária que será apresentada ao Congresso nas próximas semanas e cujos detalhes são desconhecidos, mas que, segundo o Ministério da Fazenda, visará fortalecer a arrecadação, ainda que dentro de um quadro de justiça social.

Segundo Lula da Silva, este conjunto de medidas permitirá restaurar a confiança do setor privado e incentivará o investimento em todas as áreas produtivas do país.

"Tenho convicção de que o Brasil vai dar um salto de qualidade", declarou o Presidente.

O chefe de Estado disse ainda discordar das "avaliações negativas" dos analistas de mercado "que dizem que a economia vai crescer muito pouco este ano".

"Vamos ver o que vai acontecer quando as empresas voltarem a investir, começarem a produzir e vender mais ", porque "haverá mais empregos e melhores salários", acrescentou Lula da Silva.

A economia brasileira cresceu 2,9% em 2022, mas esse resultado foi considerado uma recuperação após o duro impacto causado em anos anteriores pela paralisação imposta pela pandemia de covid-19.

Para este ano, segundo uma consulta realizada pelo Banco Central brasileiro a uma centena de analistas privados, o mercado financeiro espera um crescimento económico de 0,9%, que passará para 1,4% em 2024.