Madeira

Presidente do parlamento reclama “o direito à diferença no seio da Nação portuguesa”

Foto Miguel Espada/Aspress
Foto Miguel Espada/Aspress

“Não é apenas a descontinuidade territorial em relação ao continente que nos faz singulares no contexto português. É a nossa condição de ilhéus, nascidos ou a viver nas ilhas, que justifica a nossa diferença, o nosso direito à diferença no seio da Nação portuguesa”. A afirmação é do presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, na abertura da conferência da SEDES, dedicada ao tema ‘Madeirensidade’, que decorre esta tarde no parlamento regional.

“A Madeirensidade é resultado da natureza, da orografia, da religião, da economia do açúcar, da comercialização do vinho, das chegadas e partidas de visitantes. É produto do cruzamento de costumes e culturas, da emigração, de muitas coisas mais, mas sobretudo da necessidade do madeirense de subsistir entre a rocha e o mar, com escassos recursos e o eminente desejo de ser dono do seu próprio destino”, descreveu o presidente da Assembleia, que explicou que “não foi por acaso que a Constituição da República preceituou há 46 anos que o regime político-administrativo próprio dos arquipélagos portugueses ‘se fundamenta nas suas características geográficas, económicas, sociais e culturais e nas suas aspirações autonomistas das populações insulares’”.