Madeira

Académica da Madeira pede “aumento da vigilância das zonas circundantes do Campus Universitário"

Assaltos e agressões preocupam estudantes da Universidade. Instituição e autoridades estão atentas

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Sílvio Fernandes, reitor da Universidade da Madeira (UMa), diz ter “aumentado a insegurança nas imediações” do Campus Universitário da Penteada, no Colégio dos Jesuítas do Funchal e na residência universitária. As declarações, reveladas agora pela plataforma 'ET AL' da Académica da Madeira, são de uma comunicação enviada ao Comandante Regional da Polícia de Segurança Pública, em Junho de 2022, relatando vários episódios de violência, de agressão, de vandalismo e de assaltos.

No mês passado, após novos episódios de crime e vandalismo, aliás conforme o DIÁRIO tem vindo a noticiar, a reitoria disse que tem “articulado com as autoridades locais um reforço da supervisão das áreas em torno desta infraestrutura de ensino superior, inclusive em conformidade com o previsto na Lei de Orçamento do Estado para 2021 e 2022 (Art. 260.º e 195.º, respetivamente)”.

"Numa situação de medo e insegurança, que parece não ter precedentes nos últimos anos", conforme classifica a 'ET AL',  a comunidade universitária relatou vários incidentes num clima que é classificado, por estudantes entrevistados pela plataforma, como "uma escalada de violência num espaço que esperam ser de segurança".

Conforme também tem vindo a ser notícia, a Polícia de Segurança Pública (PSP), as ações de patrulhamento e investigação criminal da Divisão Policial do Funchal têm conseguido “recuperar materiais furtados e identificar os presumíveis autores dos crimes”.

Os crimes têm acontecido também no interior do Campus Universitário.

Segundo a reitoria, citada pela 'ET AL', “têm sido adoptados e implementados procedimentos e equipamentos adicionais para majorar a segurança das infraestruturas da UMa, atendendo que a intervenção da UMa no espaço exterior se encontra manifestamente limitada”. A PSP afirmou ter realizado a “detenção em flagrante delito de 2 autores de um crime de furto no interior” do edifício do Campus Universitário da Penteada.

Vários relados de incidentes

Há relatos, comunicados pela UMa às autoridades policiais no Verão passado, de “alunas molestadas por pessoas sem-abrigo”, de “vandalismo em viaturas” abandonadas nas áreas circundantes da UMa, “pernoita habitual de pessoas sem-abrigo”, “ações de grafitar” as paredes do edifício, “utilização de algumas áreas” do campus para festejos particulares noturnos sem licenciamento e os conhecidos assaltos no Bar dos Alunos, ocorridos no ano passado. ET AL

São tantos os casos nos últimos tempos que a cada ocorrência a comunidade académica tem ficado mais assustada, sem contar com os casos de agressão e roubos que se deram, nos últimos meses, no Campus Universitário da Penteada, de acordo com o que foi contado por estudantes e investigadores.

Académica da Madeira defende medidas concretas

Ricardo Freitas Bonifácio, presidente da direcção da Académica da MAdeira, refere à 'ET AL' que pediu o “aumento da vigilância das zonas circundantes do Campus Universitário”, defendendo medidas concretas para, por exemplo, permitir o reforço da “iluminação do exterior dos edifícios e da via pública”.

Sobre estas recomendações, a reitoria da UMa, a PSP e a ARDITI são unânimes em apelar à vigilância da comunidade académica e à adopção de comportamentos de prevenção.

A Universidade indica que “será pertinente que os estudantes e todos os demais membros da academia, não obstante os esforços já envidados pela Reitoria, acautelem a sua segurança tendo presente os locais e horários onde circulam, assim como dos seus bens, nomeadamente nas viaturas, evitando deixá-los visíveis e alvo de cobiça, sendo acima de tudo preventivos e civicamente responsáveis no que concerne à identificação e denúncia de qualquer ato ilícito”. Apelando à promoção de “uma cultura de responsabilidade coletiva”, a ARDITI apela a “uma vigilância ativa” para que exista uma “redução dos índices de criminalidade que tem afetado a região nos últimos meses”. ET AL