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Conferência Episcopal agradece ao Papa atenção ao pobres e luta pelos abusos sexuais

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A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) agradeceu hoje ao Papa Francisco a "redobrada atenção" aos mais pobres e a constante luta contra os abusos sexuais na Igreja, numa nota que assinala os 10 anos do pontificado de Jorge Bergoglio.

No documento hoje divulgado, além de agradecer ao Papa Francisco "a constante luta contra os abusos sexuais de menores e adultos vulneráveis na Igreja, convocando toda a Igreja para a tolerância zero", a CEP destaca o cuidado pelos "mais descartáveis", com as viagens apostólicas "sobretudo a países da periferia"

Agradece igualmente ao Papa Francisco o "empenho contínuo" pelo efetivo diálogo ecuménico e inter-religioso, o apelo e compromisso pela paz e justiça no mundo e todas as atitudes e gestos que a CEP considera conduzir a uma igreja "autenticamente inclusiva, aberta e 'em saída'".

Ao agradecer o magistério legado pelo Papa Francisco, a CEP destaca as primeiras palavras de Jorge Bergoglio após a sua eleição, sublinhando o desejo de, em conjunto com o povo, percorrer "um caminho de fraternidade, de amor, de confiança".

"Rezemos sempre uns pelos outros. Rezemos por todo o mundo, para que haja uma grande fraternidade", é outra das frases iniciais de Jorge Bergoglio como Papa destacadas pela CEP.

Ao saudar o ministério pastoral do Papa Francisco, a CEP agradece-lhe ainda a presença em Portugal, em 2017 - "como peregrino da paz no centenário das aparições em Fátima" --, e lembra que conta com a sua presença em agosto próximo para a Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa.

"Rezamos pelo Papa Francisco, para que Deus continue a abençoá-lo com os seus dons e o fortaleça no serviço à comunhão e missão da Igreja", acrescenta.

O pontificado do Papa Francisco está fortemente marcado, desde 24 de fevereiro de 2022, pela guerra a Ucrânia, com o pontífice a desdobrar-se em declarações a pedir a paz para o território.

Ao longo de mais de um ano, muitas foram as intervenções públicas que fez em defesa do fim de um conflito iniciado com a invasão do território ucraniano por parte da Rússia, que considerou "repugnante" e um "massacre sem sentido".

Logo no dia seguinte à invasão, Francisco, num gesto inédito, deslocou-se à embaixada russa junto ao Vaticano para expressar a sua preocupação com a invasão da Ucrânia pela Rússia.

A par das reformas na cúria e na renovação do colégio cardinalício, o Papa Francisco, o primeiro jesuíta a chegar ao topo da Igreja Católica, vê o seu pontificado marcado por mudanças significativas, entre as quais a escuta aos fiéis sobre o rumo que a Igreja deve prosseguir.