Madeira

Conselho de Administração da Horários do Funchal lamenta posição de intransigência do SNMOT

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O Conselho de Administração da Horários do Funchal participou ontem, 9 de Março, numa reunião com o Sindicato Nacional de Motoristas e Outros Trabalhadores (SNMOT), com a expectativa de chegar a um acordo de revisão empresarial para que fosse evitada a greve anunciada por este sindicato para o dia 20 deste mês, contudo não foi possível chegar a um consenso.

Para a administração da empresa, é lamentável a posição de intransigência assumida pelo sindicato nacional, quando o acordo, já assinado pela estrutura sindical regional, com maior número de sócios, já o fez, e, por isso mesmo, vão já receber, em Março – com retroativos a 1 de Janeiro –, de acordo com a nova tabela salarial, cujos aumentos negociados representam cerca de mais um vencimento por ano. No total, serão beneficiados 421 trabalhadores do Grupo Horários do Funchal. Horários do Funchal.

Através do comunicado enviado à comunicação social, a Horários do Funchal afirma acreditar que é ainda possível chegar a um entendimento, "por forma a não prejudicar os trabalhadores representados por este sindicato nacional, nem criar situações de discriminação entre os trabalhadores".

Esta negociação, que, segundo a administração, foi até ao limite possível das capacidades financeiras da empresa, face à conjuntura presente e às previsões futuras, vai permitir aumentos que oscilam entre os 5,1% para este ano e de 4,8% e 4,7% para 2024 e 2025, respectivamente. Feitas as contas, cada trabalhador abrangido pelo presente acordo, em média, vai levar um acréscimo de 63,08 euros no final do mês, ou seja, anualmente, representa um aumento na remuneração em mais de 900 euros, se contabilizarmos os subsídios de férias e de Natal, ou seja, mais um salário do que em 2022. Horários do Funchal.

O acordo assinado pelo sindicato regional para o triénio de 2023 a 2025 é, para a administração da empresa, "o resultado de uma negociação responsável, que procura conciliar os interesses e direitos dos trabalhadores, sem descurar a sustentabilidade da empresa, numa altura em que os economistas preveem alguma retração, por força do conflito entre a Rússia e a Ucrânia".

A administração diz que fez tudo o que era possível para que a greve do dia 20 fosse desconvocada pelo sindicato nacional, apresentando uma proposta no limite das possibilidades financeiras e económicas da empresa. Porém, e face à posição intransigente do sindicato nacional, serão, agora, acertados os serviços mínimos garantidos que serão assegurados pelos Colaboradores da Horários do Funchal, por forma a minimizar os transtornos que possam, eventualmente, resultar desta paralisação parcial. Horários do Funchal.

A concluir, relativamente à situação financeira da empresa, a administração recorda que, embora tenha sido registado, em 2022, um aumento no número de passageiros, passando dos 12,6 milhões em 2021, para os 15,5 milhões, são ainda valor que ficam longe dos 17,1 milhões verificados em 2019, antes da pandemia.