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Rui Fontes assume a culpa do momento do Marítimo

Foto ASPRESS
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O presidente do Marítimo, contudo, acredita que a equipa não vai descer à II Liga.

A viver uma das piores crises da sua história centenária, Rui Fontes assume-se como o grande responsável pelo momento que vive o Marítimo.

“Quem falhou fui eu. Eu é que me candidatei, eu é que fiz as promessas e apresentei o programa eleitoral da nossa lista às eleições no clube, foi eu que dei a cara, pelo que, naturalmente, o responsável por tudo o que está a acontecer no Marítimo, sou eu. Acreditei numa determinada orgânica, numa determinada forma de gerir o futebol, não foi só eu como 65% dos sócios que votaram na lista, só que essa fórmula não se revelou a mais adequada e foi por isso que tivemos que mudar, optar por uma situação diferente, e que é aquela que quero para o futuro, e vamos continuar no sentido de que os erros do passado jamais se repitam”, palavras do presidente do CS Marítimo  e da SAD, em entrevista concedida ao programa Marítimo na TSF.

Rui Fontes sublinha também “estar descontente e desiludido com o que está a acontecer ao Marítimo”, assegurando que “quando me candidatei à presidência da colectividade era exactamente para evitar o que está a acontecer”, revelando depois não perceber como “estão a acontecer as coisas, mas não são por acaso”, referindo, contudo, não ser este o tempo de dar explicações.

“Naturalmente que não era isto o que esperava e estou desiludido, mas cheio de força para que o Marítimo fique na I Liga. Esta será a última vez que o Marítimo passa por uma situação destas enquanto eu cá estiver” assegura Rui Fontes.

Adeptos têm legitimidade no descontentamento

Confrontado com as manifestações dos adeptos que se deslocaram a Portimão, nomeadamente da insatisfação das claques, o presidente do Marítimo mostra-se solidário com aqueles que “fizeram um esforço financeiro para se deslocarem ao jogo, numa viagem atribulada e com atrasos e cancelamentos de voos devido ao mau tempo no nosso Aeroporto e que mereciam, de facto, um outro resultado diante do Portimonense”, lamentando depois que “a equipa não tivesse feito melhor depois de estar a vencer até aos 82 minutos de jogo”.

“As reacções dos adeptos são legítimas, feitas ainda no calor do jogo, eu também fiquei extremamente aborrecido, mas as coisas já acalmaram e estaremos todos juntos no sábado a apoiar a equipa nesse jogo decisivo diante do Santa Clara. Vamos encher uma vez mais o estádio na busca da vitória, é esse o nosso único objectivo”, conclui o presidente do Marítimo.

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