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Turismo Madeira

Alojamento turístico na Madeira cresceu 9,7% nas dormidas em Novembro

Dados da DREM. Mas os do INE, que não incluem o Alojamento Local com menos de 10 camas, colocam a Região com o segundo menor aumento de dormidas (+6,2%), totalizando 675,2 mil com quebra dos portugueses.

Foto Shutterstock
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Os primeiros dados para o sector de alojamento turístico da Região para o mês de Novembro de 2023, estimam "a entrada de 146 mil hóspedes que geraram 797 mil dormidas, traduzindo variações homólogas de +9,8% e de +9,7%, respectivamente" e "comparativamente a Novembro de 2019, registaram-se, pela mesma ordem, aumentos de 57,5% e 45,5%", informa esta manhã a Direção Regional de Estatística.

Estes números são bem melhores que os do INE, que colocam as dormidas com um aumento de 6,2% para um total de 675,2 mil, ou seja por não considerar as dormidas em Alojamento Local com menos de 10 camas, retira da 'equação' quase 122 mil dormidas, embora o faça para todas as regiões do país e aí, a Madeira apresenta-se com o segundo aumento menos expressivo das 7 regiões, somente ultrapassando a Área Metropolitana de Lisboa (+4,3%).

Voltando às contas totais da DREM, "de Janeiro a Novembro de 2023, as dormidas rondaram os 10,2 milhões, +14,4% do que no mesmo período do ano precedente". Aqui, a DREM realça que "para efeitos de comparabilidade com os dados divulgados pelo INE, é necessário excluir o alojamento local com menos de 10 camas, sendo que, segundo esta lógica de apuramento de resultados, as dormidas do alojamento turístico" não só em Novembro como no acumulado dos 11 meses, regista uma 'exclusão' de mais de 1,5 milhões de dormidas. É significativo ter acumulado de mais de 8,6 milhões (que dá um aumento de +10,5%) em vez de 10,2 milhões que para o INE continuam a não contar para as estatísticas oficiais.

E isso é bem notório nas dormidas dos portugueses no alojamento turístico na Madeira. "Na Região, as dormidas de residentes em Portugal aumentaram cerca de 9,3% relativamente ao mês homólogo, rondando as 105,7 mil (13,3% do total), enquanto as de residentes no estrangeiro subiram 9,7%, situando-se em 691,3 mil. Note-se que, face a novembro de 2019, a variação nas dormidas produzidas por residentes em Portugal foi de +79,9%, sendo de +41,3%, no caso das geradas por residentes no estrangeiro. Os hóspedes entrados, em Novembro de 2023, com residência no País, totalizaram 31,5 mil, e os com residência no estrangeiro, 114,5 mil", diz a DREM.

Ora, como referido, o INE apenas contabiliza 81,2 mil dormidas de residentes no país e 539,9 mil de residentes no estrangeiro, o que dá uma redução de 2,7% e um aumento de 7,5%, apenas porque são excluídos os clientes dos AL com menos de 10 camas que têm um peso significativo, como fica uma vez mais provado, nas contas finais. No acumulado é ainda evidente essa discrepância, pois de Janeiro a Novembro conta quase 1,4 milhões de dormidas de residentes no país, o que resulta numa quebra de 1,1%, enquanto os não residentes a mais de 7,2 milhões de dormidas, acumulando +13,1%. 

"No País, em Novembro de 2023, os mercados externos cresceram 9,9%, tendo sido registados 3,2 milhões de dormidas. As dormidas de residentes mantêm tendência crescente, totalizando 1,3 milhões (+2,3% em termos homólogos). Por região, o Alentejo registou o maior crescimento (+15,3%) e a Área Metropolitana de Lisboa, o menor (+4,3%)", refere a DREM.

Diz ainda que "os primeiros dados estimados, na Região, para o mês de referência, mostram que os mercados emissores de residentes no estrangeiro representaram 86,7% do total de dormidas. Nesse conjunto, o mercado da Alemanha é o que regista mais dormidas, em Novembro de 2023, com cerca de 187,7 milhares (+7,9% que no mês homólogo), seguido do Reino Unido, com 170,1 milhares (+8,1%), e da França, com 30,4 mil (+3,5%)", isto num período em que "15,4% dos estabelecimentos de alojamento turístico terão estado encerrados ou não registaram movimento de hóspedes", ou seja uma percentagem de 84,6%, das mais baixas do ano.