Madeira

Doenças do aparelho circulatório são a principal causa de morte na RAM

A Direcção Regional de Estatística divulgou hoje as Estatísticas da Saúde referentes ao ano de 2020

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Em 2020, ocorreram 2,713 óbitos de residentes na Região Autónoma da Madeira (RAM), o que correspondeu a um aumento de 1,3% face a 2019 (2.679 óbitos), dos quais 1.272 do sexo masculino (46,9%) e 1.441 do sexo feminino (53,1%). As doenças do aparelho circulatório mantiveram-se como a principal causa básica de morte.

Os dados são da Direcção Regional de Estatística (DREM) que divulgou hoje, dia 4 de Julho, informação sobre as causas de morte de 2020 por município, grupo etário e sexo. 

Em 2020, por município, a taxa bruta de mortalidade foi superior no Porto Moniz (2 363,6 óbitos por 100 mil habitantes), seguido de Santana (1 347,4) e da Ponta do Sol (1 469,6).

Em relação às causas , segundo a DREM, 827 pessoas morreram em 2020, devido a doenças do aparelho, correspondendo a uma taxa de 325,5 óbitos por 100 mil habitantes (313,7 em 2019). 

A mortalidade feminina por esta causa (58,2%) foi superior à masculina (41,8%) e a maior parte das mortes ocorreram em pessoas com 65 e mais anos, representando 87,4% do total de óbitos por esta causa (77,7% nos homens e 94,4% nas mulheres).

Dentro desta causa de morte, destacam-se 208 óbitos foram associados a acidentes vasculares cerebrais (AVC).

Em termos de distribuição geográfica os municípios do Porto Moniz, São Vicente e Ponta do Sol foram os que tiveram a maior taxa (687,6; 546,0 e 478,2 óbitos por 100 mil habitantes, respetivamente). Apenas os municípios de Santa Cruz, Câmara de Lobos e Machico tiveram taxas inferiores à média da Região.

Os “tumores malignos” constituíram a segunda causa básica de morte, com 662 óbitos, correspondendo a uma taxa de mortalidade de 260,5 óbitos por 100 mil habitantes (244,8 em 2019).

O Porto Moniz foi o município que apresentou a maior taxa, seguido de São Vicente e Porto Santo com taxas de 558,7, 409,5 e 384,7 óbitos por 100 mil habitantes, respetivamente.

Neste grupo, os cancros da traqueia, brônquios e pulmões foram os mais mortais (36,6 óbitos por 100 mil habitantes), seguindo-se o cancro do cólon (21,3) e da neoplasia da mama (18,9).  Por município, no Funchal, destaca-se, para além das causas anteriores, a mortalidade por cancro da próstata.

Numa nota mais positiva, diminuiu a mortalidade por doenças do aparelho respiratório, com uma taxa de 164,9 óbitos por 100 mil habitantes (174,7 em 2019).

As doenças do aparelho respiratório foram a terceira causa básica de morte na RAM, com destaque para as pneumonias, que resultaram em 230 óbitos. As pessoas com 65 e mais anos foram as mais afectadas, representando 92,8% do total de óbitos por esta causa (88,3% nos homens e 96,2% nas mulheres).

Porto Moniz volta a ser o município a apresentar a maior taxa de mortalidade por doenças do aparelho respiratório, seguido de São Vicente e Ponta do Sol com taxas de 386,8, 331,5 e 314,9 óbitos por 100 mil habitantes, respectivamente.

A DREM dá ainda conta que a mortalidade causada pela doença covid-19 contabilizou, em 2020, 15 óbitos de residentes na Região, na sua maioria mulheres (10). A taxa de mortalidade por esta doença foi de 5,9 óbitos por 100 mil habitantes, sendo a mais baixa de entre as sete regiões NUTS II (69,2 óbitos por 100 mil habitantes a nível nacional). O mês de Dezembro foi o que registou o maior número de óbitos causados por covid-19 (12 óbitos).