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Autoridades de saúde estimam em 360 as mortes causadas pelo calor em Espanha

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A vaga de calor que desde dia 10 atinge Espanha, com temperaturas hoje acima de 40 graus, aumentou para 360 as mortes atribuídas a esta causa, de acordo com dados do Instituto de Saúde Carlos III.

O Sistema de Monitorização da Mortalidade Diária (MoMo) deste organismo, dependente do Ministério da Saúde, estima em 360 as mortes que podem ser atribuídas às altas temperaturas.

As mortes "observadas e calculadas" devido à onda de calor tiveram o seu pico na sexta-feira, 123 falecimentos, quando no dia anterior o número recolhido nesta estatística era de 93.

As autoridades de Madrid anunciaram hoje o óbito de um trabalhador da limpeza de 60 anos, que na sexta-feira sofreu uma insolação quando trabalhava na zona de Puente de Vallecas, tendo sido assistido no hospital, onde viria a morrer.

A Agência Estatal de Meteorologia (Aemet) avisa que as temperaturas vão continuar a subir em plena vaga de calor causada por um anticiclone perto da Irlanda e uma depressão isolada de alto nível (DANA) a oeste da Península, que está a trazer ao país uma massa de ar africana "muito seca".

Após este calor extremo, que deve terminar na próxima segunda-feira, espera-se um alívio térmico, mas depois de terça-feira as temperaturas podem voltar a aumentar com uma nova vaga de calor, disse à Efe o coordenador de informação da Aemet, Cayetano Torres.

Segundo o especialista, trata-se de uma vaga de calor mais prolongada do que o habitual, mas não é a mais longa de sempre, pois em 2015 houve uma que durou 26 dias.

Nos últimos dias, apesar das temperaturas muito elevadas, tanto máximas, como mínimas, não foi superada a máxima histórica de 47,6 graus registada no município cordovês de La Ramba, em agosto passado.

Ao longo do dia, as temperaturas devem alcançar valores de 40 graus no interior da Península e no interior das comunidades cantábricas e nas Baleares podem chegar aos 38 graus, com previsão de uma máxima que pode ir até 44 graus em Badajoz.