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Operações de resgate após desabamento de prédio na China terminam com 53 mortos

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O desabamento de um prédio na cidade de Changsha, no centro da China, na sexta-feira passada, fez 53 mortos, avançou hoje a imprensa estatal chinesa, que confirmou o final das operações de resgate.

Numa conferência de imprensa, as autoridades disseram que todos os desaparecidos tinham sido encontrados até às 03:00 (19:00 de quinta-feira em Lisboa).

Todos os 10 sobreviventes estão em boa condição, depois de terem recebido tratamento hospitalar. O último sobrevivente, uma mulher, foi retirada dos destroços do prédio quase seis dias após o desabamento.

Pelo menos nove pessoas foram detidas na sequência do desabamento do edifício, incluindo o proprietário, por suspeitas de ter ignorado as normas de segurança e de ter cometido outras infrações graves, como a construção ilegal de pisos adicionais e a ausência de barras de ferro de reforço da estrutura.

Três pessoas encarregadas do projeto e construção foram detidas, bem como cinco outras, por terem alegadamente emitido um certificado falso de cumprimento das regras de segurança, para a abertura de uma pensão entre o quarto e o sexto andar do prédio.

O edifício também abrigava apartamentos, um café e lojas.

A capital da província de Hunan lançou uma campanha para avaliar a situação deste tipo de imóveis "autoconstruídos", sendo que mais de 400 mil foram alvo de inspeção nos últimos dias, disse na quinta-feira o autarca de Changsha, Zheng Jianxin.

Um aumento no número de desabamentos de edifícios, ocorridos nos últimos anos, levou o Presidente chinês, Xi Jinping, a pedir que se façam investigações para apurar a origem de falhas estruturais.

Várias construções apresentam também infraestruturas degradadas, como canalizações de gás, que resultaram, no passado, em explosões e desmoronamentos.