A Guerra Mundo

Chanceler alemão Olaf Scholz mantém recusa em ir a Kiev após incidente diplomático

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FOTO EPA/FILIP SINGER

O chanceler alemão, Olaf Scholz, reiterou hoje a recusa em ir a Kiev, apesar do convite do presidente ucraniano para que acompanhasse na viagem o chefe de Estado, Frank-Walter Steinmeier, criticado há semanas pelas autoridades ucranianas.

A agência AFP adianta que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, propôs a visita dos dois líderes alemães durante uma conversa telefónica com o Steinmeier que, segundo a presidência alemã, permitiu "dissipar as irritações" resultantes da recusa de Kiev em receber o chefe de Estado alemão, em meados de Abril.

Durante uma conferência de imprensa hoje à noite, o chanceler Olaf Scholz reconheceu a conversa entre Zelensky e Steinmeier foi "uma coisa boa".

Schlolz referiu que "o resultado da conversa é a de que a ministra das Relações Externas (Annalena Baeborck) poderá em breve ir à Ucrânia", mas deixou de fora a possibilidade de ser ele a ir a Kiev.

Em meados de abril, Steinmeier, que queria ir para Kiev com seus parceiros polacos e dos três países bálticos, teve que desistir no último momento, lamentando a situação: "Eu estava pronto para fazê-lo, mas, aparentemente, e devo tomar nota disso, não era desejado em Kiev".

Berlim manifestou então o seu desagrado com a atitude de Kiev e os media germânicos classificaram o sucedido como uma "afronta".

Olaf Scholz, também social-democrata, assumiu ter ficado, no mínimo, "irritado" com a situação.

Pressionado durante semanas para ir a Kiev manifestar a sua solidariedade com a Ucrânia, o chanceler invocou aquele incidente como um "obstáculo" para a sua possível viagem à capital ucraniana.

Por seu turno, o embaixador ucraniano em Berlim, Andrij Melnyk, acusou Scholz de reagir como uma "diva", em vez de se comportar como figura de Estado.