Madeira

Chega denuncia dificuldades dos jovens no acesso à habitação na RAM

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Foto Shutterstock

“Na Região Autónoma da Madeira é cada vez mais difícil para um casal jovem conseguir uma habitação para constituir família e começar uma nova vida”, denunciou hoje a Direcção do Chega Madeira, apontando-o como um dos “grandes problemas” enfrentados pelos jovens da Região.

 “O preço médio de uma moradia, apartamento, nunca é inferior a 60 mil euros e os meios para os adquirir são cada vez mais difíceis, com a banca a dificultar o acesso ao crédito, exigindo capitais próprios cada vez mais elevados e a existência de um fiador. Como é possível um casal, com um vencimento medio de 1.500 euros, conseguir suportar estes custos e exigências?”, interroga o partido em nota remetida à imprensa.

O Chega contrapõe esta realidade com o “deslumbramento dos Vistos Gold e das Bitcoins”, apontando ainda baterias aos emigrantes “isentos de impostos e cujas portas se abrem como por magia”.

Voltando à questão da habitação jovem, a Chega Madeira propõe como solução a criação de incentivos à fixação em zonas rurais, que passa também por atrair mais jovens para a agricultura, por exemplo através da “redução de impostos para a actividade agropecuária familiar” e “melhoramento das infra-estruturas básicas locais”.

“Uma vez que na Região existem muitas casas devolutas, abandonadas e ou degradadas que poderiam ser recuperadas, o Governo Regional deveria criar políticas  de incentivo à fixação de residência em diferentes freguesias da região, outrora mais habitadas, uma vez que o sucessivo despovoamento tem provocado a redução drástica da população, principalmente no Norte da ilha”, explica a mesma nota.

“O Chega Madeira entende que a agricultura e a pecuária devem ser protegidas, criando as condições e os incentivos necessários aos jovens para trabalharem a terra, aplicando políticas de aproveitamento de terras ao abandono e de moradias existentes. Estas terras e moradias abandonadas, com algum investimento, passariam a constituir alternativas atractivas para muitos casais, que desejam iniciar a sua própria vida familiar independente”, reforça.