A Guerra Mundo

Programada para hoje operação de retirada de civis de Mariupol

Foto EPA/ROMAN PILIPEY
Foto EPA/ROMAN PILIPEY

Uma operação de retirada de civis ucranianos que se encontram nos subterrâneos da fábrica Azovstal, cercada pelas tropas russas na cidade portuária de Mariupol, está programada para hoje, anunciou o presidente da Ucrânia.

"Uma operação destinada à saída de civis da fábrica pode decorrer hoje", disse a presidência da Ucrânia, através de um comunicado.

Centenas de civis ucranianos, entre os quais crianças encontram-se no interior da fábrica de aço Azovstal na cidade de Mariupol cercada pelas tropas da Rússia. 

Os últimos soldados ucranianos, incluindo membros do batalhão Azov, encontram-se igualmente sitiados nas instalações da fábrica, que tem uma extensão de 11 quilómetros quadrados.

Serguii Volynsky, um comandante militar ucraniano que se encontra na fábrica Azovstal indicou na quinta-feira que uma bomba russa atingiu o hospital de campanha nos subterrâneos das instalações fabris. 

"Toda a infraestrutura médica, incluindo a sala de operações foram destruídas. Muitos morreram. Aqueles que já estavam feridos ficaram com novos ferimentos. A situação ficou mais crítica", disse o comandante militar a um portal de notícias ucraniano.

A coordenadora das Nações Unidas na Ucrânia, Osnat Lubrani, anunciou na quinta-feira que se ia deslocar para o sul da Ucrânia para preparar a tentativa de retirada de Mariupol.

Na mesma altura, o secretário-geral da ONU, António Guterres, de visita a Kiev, afirmava que as Nações Unidas estavam a fazer "todos os possíveis" para retirar os civis do "apocalipse" de Mariupol.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.