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Confrontos entre polícia e palestinianos causam 42 feridos em Jerusalém

Há várias semanas que a tensão entre israelitas e palestinianos aumentou.   Foto EPA/ABED AL HASHLAMOUN
Há várias semanas que a tensão entre israelitas e palestinianos aumentou.   Foto EPA/ABED AL HASHLAMOUN

Confrontos entre manifestantes palestinianos e a polícia israelita, esta manhã, causaram 42 feridos na Esplanada das Mesquitas, foco de tensões no centro de Jerusalém, disseram os serviços de emergência.

Dos 42 feridos, 22 foram transportados para um hospital em Jerusalém, mas "nenhum está em estado grave", disse num comunicado o Crescente Vermelho Palestiniano.

Os manifestantes "atiraram pedras" contra os agentes, o que levou a polícia a entrar na Esplanada e a usar "meios para dispersar a multidão", disse a polícia israelita, em comunicado.

A polícia disparou balas de borracha, segundo a agência de notícias France-Presse, e bombas de gás lacrimogéneo, segundo outras testemunhas.

Nas últimas duas semanas, confrontos violentos feriram mais de 250 palestinianos dentro e ao redor da Esplanada das Mesquitas, o terceiro local mais sagrado do Islão e o local mais sagrado do judaísmo, conhecido para os judeus como Monte do Templo.

Os confrontos surgem após uma série de ataques palestinianos mortíferos a cidades israelitas, raides militares israelitas na Cisjordânia e confrontos entre palestinianos e a polícia israelita na esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, e combates nos postos fronteiriços com ativistas palestinianos na Faixa de Gaza.

Um homem palestiniano foi abatido na quinta-feira, em confrontos com forças israelitas à margem de uma operação no norte da Cisjordânia, enquanto outros três palestinianos ficaram feridos.

Desde 22 de março, 14 pessoas morreram em ataques contra israelitas. Um total de 26 palestinianos, incluindo os atacantes, foram mortos em vários incidentes ou operações, de acordo com uma contagem da France-Presse.

Os novos confrontos ocorrem num dia em que os fiéis muçulmanos marcam a última sexta-feira do mês sagrado do Ramadão, que deve terminar no início da próxima semana.

Hoje é também "Youm al-Quds al-alami", um dia anual consagrado à defesa de Jerusalém, iniciado pelo Irão após a revolução islâmica de 1979.

Na noite de quinta-feira, movimentos islâmicos palestinianos próximos do Irão organizaram um comício no estádio de Gaza para assinalar o dia e pediram aos participantes para defender Jerusalém e a Esplanada das Mesquitas.

O general Hossein Salami, chefe da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica do Irão, participou no evento por videoconferência e afirmou que "o Estado de Israel será derrotado".