A Bazuca, o PRR e a Mariana

A BAZUCA é um equipamento militar, usado pela primeira vez pelos Estados Unidos, durante a invasão do Norte de África em 1942 (2ª Guerra mundial), também conhecido como “lança granadas foguete”. Na sua essência é constituído por um cano de metal ôco, com culatra aberta, acionado por dispositivo eléctrico e no qual são acoplados uma mira e um gatilho; como a granada é propulsada por um foguete, deixa para trás um cone de fogo, que exige, o maior cuidado ao lançador e a quem estiver nessa área. É um equipamento relativamente simples de manusear, mas, que exige treino e especialização para um bom, seguro e correcto desempenho.

O PRR ou Plano de Recuperação e Resiliência é um instrumento criado pela (UE), como resposta para a recuperação a nível social e económico dos países europeus, fazendo face ás dificuldades causadas pela pandemia; para o financiar surgiu o Mecanismo de Recuperação e Resiliência.

É considerada uma oportunidade única para Portugal desenvolver o seu tecido empresarial, melhorando a capacidade das empresas para criarem valor, aumentarem a sua produtividade e gerarem oferta de trabalho qualificado e bem remunerado.

A MARIANA perdoem-me o tratamento informal, mas, já nos “conhecemos” há tanto tempo que me permito, carinhosamente, o tratamento pelo “petit nom”, além de que ajuda a um melhor enquadramento e simplificação do título. É a “nossa” Mariana Vieira da Silva, agora, a actual Ministra da Presidência do XXIII Governo nacional e a quem caberá supervisionar e gerir o nosso PRR, também conhecido mais popularmente por “bazuca europeia”.

Aqui chegados e depois destas 3 definições, vou deixar algumas questões, que tenho tido dificuldade de “perceber” e “meter” na minha “CACHIMÓNIA” (para quem não conheça o termo, significa em termos populares, cabeça, ou mais formalmente o “sítio” das capacidades intelectuais, da memória, das emoções e das decisões)…

• Porque razão o Presidente da República, o Primeiro ministro, membros do Governo, deputados e muitos outros indivíduos que nem à tropa foram, tratam um assunto tão sério por bazuca. Porquê bazuca? Numa boa ou má utilização deste equipamento, normalmente, as consequências são nefastas. Espero sinceramente, que aqui, não seja o caso.

• Sendo, sem dúvida nenhuma, as EMPRESAS, o motor da economia e o que tem o maior efeito multiplicador na mesma, porque razão o grosso dos investimentos será feito no Estado e de forma tão tímida e modesta na área empresarial…?

• Uma das razões do nosso atraso e da dificuldade de criar uma economia competitiva, tem a ver com problemas estruturais, por exemplo na área da justiça e na área fiscal, temas que nem são abordados neste plano, porquê …?

• Além do conteúdo, contará também para o sucesso do PRR, a sua gestão e execução; pese a minha simpatia pela “nossa” Mariana, analisando o seu currículo, percurso e especialmente experiência, não vejo os “SKILLS” necessários, para levar a cabo tão exigente e determinante empreitada …? (Para não alongar muito isto e começando pelos “hard skills”, vejo que a formação base da menina é SOCIOLOGIA e aqui tudo bem, curso tirado no ISCTE, onde agora o “nosso” Leão será, meritóriamente (?) Vice-Reitor, mas, não fará falta mais “lastro”, no que diz respeito aos “soft skills” ? A mim parece-me que sim, oxalá esteja errado…!

Teria muitas mais questões, mas não posso abusar do espaço, nem da paciência de quem faz o favor de me ler.

O que sinto em relação a tudo isto e já que falamos da “BAZUCA”, concluiria mesmo e já agora em linguagem de caserna, …”em tempo de guerra não se limpam armas” mas, Deus Nosso Senhor nos acuda …!

P.S. - Será por estas e por outras do mesmo género, que segundo o Eurostat (Gabinete de Estatísticas da UE), as economias húngara e polaca ultrapassaram Portugal no ano passado, juntando-se assim a Malta, Rep. Checa, Eslovénia, Lituânia e Estónia na lista de sete países, que também já o haviam feito nos últimos anos, em termos de PIB per capita (Produto Interno Bruto) ???

Dizem-nos que estamos crescendo…, pois é, o problema é que os outros crescem muito mais do que nós …!

João Abel de Freitas