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Carlos Moedas assinala diversidade de Lisboa e elogia comunidade muçulmana

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O presidente da Câmara Municipal de Lisboa assinalou hoje a diversidade que existe na capital e elogiou a comunidade muçulmana, composta por pessoas vindas de países como Moçambique, Bangladesh, Paquistão, Índia, Guiné-Bissau, considerando-a extraordinária e fundamental.

"Obrigado por tudo o que fazem por Lisboa, obrigada por serem lisboetas", afirmou Carlos Moedas, na Mesquita Central de Lisboa, onde esteve com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a partilhar o 'iftar', a quebra do jejum diário no mês do Ramadão, após o pôr-do-sol.

Num discurso na sala de orações, Carlos Moedas agradeceu também ao chefe de Estado "pela sua visão, pela sua abertura, por aquilo que representa na liberdade religiosa em Portugal" e considerou uma honra estar nesta ocasião na Mesquita Central de Lisboa, onde referiu já ter estado "muitas vezes".

O social-democrata apresentou-se como "presidente de todos os lisboetas, dos crentes, dos não crentes, dos das esquerdas, dos das direitas, dos mais jovens e dos mais idosos, exatamente como o Corão diz: a crentes e não crentes, as bênçãos de Deus não serão negadas a ninguém".

"É exatamente a união das diferenças que nos faz chegar mais longe", sustentou, declarando que para si "a diversidade é tudo".

Sobre a comunidade muçulmana em Portugal, Carlos Moedas considerou que "tem tanto de especial, é tão extraordinária" e "essencial para a cultura em Lisboa", mencionando que foi inicialmente formada por pessoas vindas de Moçambique, mas que agora "é muito mais diversa".

"Bangladesh, Paquistão, Índia, Guiné-Bissau, estão hoje mais próximos de Lisboa, mais próximos do que nunca. É essa abertura que requer uma reconstrução, uma reconstrução de todos, para todos e com todos, com os filhos das primeiras gerações, com o sangue novo do continente asiático, com os incríveis guineenses que se formam nas universidades de Lisboa", defendeu.

"É para essa comunidade que eu trabalho, é para todos vós, para aquilo que significam em Lisboa, porque Lisboa é também o vosso futuro, é o nosso futuro", acrescentou.

Antes da sua intervenção, Carlos Moedas ouviu o presidente da direção da Comunidade Islâmica de Lisboa, Mahomed Iqbal, falar da possibilidade de se identificar terrenos para "a edificação de fogos de habitação social adequados para os associados e outros com carência nessa área".

"E aí o presidente da Câmara vai-nos ajudar de certeza um bocadinho", observou Mahomed Iqbal.

O autarca não abordou esse assunto no seu discurso, em que aproveitou para assinalar a aprovação pela Câmara Municipal de Lisboa da gratuitidade dos transportes públicos para maiores de 65 anos, a partir de junho ou julho, e para estudantes até aos 23 anos, em setembro.

"Eu pensei em todos vocês quando aprovei os transportes públicos gratuitos em Lisboa para os mais novos e para os mais velhos", disse.