Madeira

JPP considera lamentável que a transição energética na Região não passe de propaganda do Governo

Em causa está a comprar de novos autocarros por parte da Horários do Funchal

Foto Arquivo
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Num comunicado assinado por Rafael Nunes, o JPP lamenta que para o Governo Regional "a transição energética e a descarbonização eficiente da economia sejam apenas mais uma forma de propaganda política".

O vice-presidente da bancada parlamentar do JPP nota que "o Governo Regional, que deveria ser o exemplo e o garante para uma efectiva transição energética, preocupa-se apenas em fazer propaganda ambiental em torno dos transportes mas quando se trata de dar o exemplo, de ser pioneiro e, mais do que isso, de fazer cumprir as metas ambientais (COP26) para a redução de emissão de gases com efeito de estufa e o aumento do consumo de energia a partir de fontes renováveis, assistimos à aposta governamental na compra de autocarros a diesel para a empresa pública de transportes, Horários do Funchal".

Para o partido, "esta situação torna-se ainda mais grave quando a empresa pública vem se vangloriar com a diminuição no consumo de combustíveis dos novos autocarros quando a aposta deveria estar a ser feita para a mobilidade eléctrica", refere.  O JPP argumenta com estudos que comprovam que 70% das carreiras do Funchal estão aptas para veículos elétricos, "dados estes que resultam de um estudo do próprio Governo Regional comparticipado com fundos comunitários", esclarece. 

Mas como o 'verde' está na moda, o Governo usa a propaganda ambiental para ir buscar financiamento e para isso basta ver o que aconteceu com o PRR, contudo, mais do que definir ações, é fundamental apresentar resultados e aqui, o Governo Regional PSD/CDS falha redondamente! Rafael Nunes, vice-presidente da bancada parlamentar do JPP

O parlamentar do JPP conclui, dizendo que estamos perante "mais uma tomada de decisão irresponsável com a compra destes veículos a diesel para a Horários do Funchal que custarão a todos os madeirenses a módica quantia de 32 milhões de euros, opção que entra em contraciclo com todas as políticas ambientais definidas globalmente para uma verdadeira aposta na transição energética e na descarbonização da economia".