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Franceses votam hoje nas presidenciais com 12 candidatos na corrida

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Cerca de 48,7 milhões de eleitores franceses são hoje chamados às urnas para a primeira volta das eleições presidenciais, à qual se apresentam 12 candidatos, incluindo o Presidente cessante, Emmanuel Macron.

O boletim de voto conta com nomes de diferentes quadrantes políticos e, além de Macron, inclui Marine Le Pen, a candidata do partido União Nacional (extrema-direita), Jean-Luc Mélenchon (extrema-esquerda), Valérie Pécresse (do maior partido de direita francês, Os Republicanos), Éric Zemmour (polémico ex-jornalista e comentador político), Yannick Jadot (ecologistas), Fabien Roussel (Partido comunista francês), Nicolas Dupont-Aignan (movimento "República de pé") e Anne Hidalgo (Partido Socialista).

Na corrida presidencial estão ainda Jean Lassalle (fundador do Partido Resistamos), Philippe Poutou (operário e sindicalista) e Nathalie Arthaud (partido Luta Operária).

Encarado sempre como o favorito para conquistar a primeira volta do escrutínio (a segunda volta acontece a 24 de abril), Macron viu nos últimos dias a sua vantagem a diminuir e a candidata Marine Le Pen a ganhar terreno nas intenções de voto.

Sondagens divulgadas na sexta-feira indicavam que tanto Emanuel Macron como Marine Le Pen podiam chegar ao primeiro lugar nas presidenciais de hoje, com o Presidente cessante a manter uma ligeira vantagem sobre a candidata da extrema-direita.

A diferença entre Emmanuel Macron e Marine Le Pen nunca foi tão curta, com várias sondagens a indicarem, na sexta-feira, que a diferença de votos na primeira volta pode situar-se entre um a três pontos percentuais, sem haver ainda certezas se, apesar da vantagem, Emmanuel Macron será o candidato preferido dos franceses.

Marine Le Pen tem subido na última semana nas intenções de voto, com cerca de 20% no mês passado aproximou-se de Emmanuel Macron, que desceu dos cerca de 30%.

As sondagens indicam também que uma proporção sem precedentes de franceses não tem a certeza em quem votar ou se irá votar.

A par das questões internas, o resultado da eleição presidencial em França terá implicações internacionais, numa altura em que o mundo testemunha um conflito na Europa, após a invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro.

A França é a segunda economia do bloco de 27 membros da União Europeia (UE), a única com veto no Conselho de Segurança da ONU e a sua única potência nuclear.

O país detém atualmente a presidência semestral do Conselho da UE.