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Aleksandar Vucic reivindica vitória esmagadora nas presidenciais sérvias

Foto EPA/ANDREJ CUKIC
Foto EPA/ANDREJ CUKIC

O Presidente sérvio Aleksandar Vucic reclamou ter conquistado uma vitória presidencial esmagadora nas eleições de hoje, prolongando uma década de domínio sobre o país balcânico, onde se retratou como o garante da estabilidade à sombra da guerra na Ucrânia.

"Ganhei 2.245.000 votos na primeira volta", afirmou Vucic no seu discurso de vitória, especificando que obteve cerca de 60% dos votos.

O populista Aleksandar Vucic, líder do partido governante SNS, continuará assim a ser o homem dominante na política sérvia depois de ganhar o seu segundo mandato presidencial de cinco anos.

De acordo com as primeiras projeções, Vucic conseguiu cerca de 60% dos votos.

Um fervoroso ultranacionalista nos seus primeiros 15 anos na política, o Presidente de 52 anos apresenta-se como pró-europeu desde 2008 e continua a promover as negociações de adesão à união, que, no entanto, estão paradas há anos.

Depois de ser eleito primeiro-ministro em 2014 e 2016, conquistou o seu primeiro mandato presidencial em 2017 com 55% dos votos.

Vucic espera que a Sérvia entre na União Europeia (UE) nos próximos anos, algo que pode ser questionado pelo seu insistente apoio a Moscovo, apesar da invasão russa da Ucrânia.

Ao contrário do resto da Europa, a Sérvia não impôs sanções à Rússia.

A Sérvia votou a favor da resolução da ONU que condenou a invasão russa, mas recusou juntar-se aos Estados Unidos da América e à UE na adoção do amplo leque de sanções contra Moscovo.

E embora pretenda uma adesão à UE, o país balcânico tem reforçado as relações políticas, económicas e militares com a Rússia. Durante a campanha, Vucic repetiu que a Sérvia "não é um servo de ninguém" e não mudará a sua "posição neutra" em relação à guerra na Ucrânia.