Desporto

Verstappen regressa às vitórias após conquista do título de Fórmula 1

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O holandês Max Verstappen (Red Bull) regressou às vitórias depois de ter conquistado o Mundial de Fórmula 1 de 2021, ao vencer hoje o Grande Prémio da Arábia Saudita, em Jeddah.

O piloto holandês, que partiu do quarto lugar da grelha, concluiu as 50 voltas previstas àquele circuito citadino em 1:24.19,293 horas, batendo o monegasco Charles Leclerc (Ferrari), por 0,549 segundos, e o espanhol Carlos Sainz (Ferrari), por 8,097.

O britânico Lewis Hamilton (Mercedes), sete vezes campeão do mundo, foi apenas 10.º classificado, depois de ter partido do 15.º lugar.

A corrida teve menos dois carros à partida, uma vez que o alemão Mick Schumacher (Haas) ficou de fora devido ao violento acidente sofrido na véspera, na sessão de qualificação, enquanto o japonês Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) viu o seu monolugar 'calar-se' a caminho da grelha e também não partiu.

Desta forma, foram apenas 18 os carros alinhados na reta da meta na altura em que os semáforos se apagaram.

O mexicano Sergio Pérez (Red Bull), que saiu da 'pole position', aguentou a liderança na partida, enquanto o seu companheiro de equipa conquistou uma posição a Carlos Sainz, passando a pressionar o segundo lugar de Leclerc.

Pérez perdeu a liderança após a paragem nas boxes para trocar de pneus, na volta 15, depois de uma comunicação de rádio da Ferrari que indicava que Leclerc iria parar.

Na verdade, o monegasco manteve-se em pista e, com isso, herdou o comando da corrida enquanto Pérez acabaria por cair para a quarta posição, porque entretanto o canadiano Nicholas Latifi (Williams) bateu no muro e obrigou ao 'safety car' virtual, primeiro, e à entrada do 'safety car', a seguir.

A Ferrari aproveitou esse momento para trocar de pneus e Leclerc parecia ficar com via aberta para a vitória.

Mas a realidade é que Max Verstappen nunca desistiu. No recomeço da corrida, o holandês ainda tentou apertar o piloto da Ferrari, mas teve de queimar a travagem e Leclerc segurou a liderança.

À medida que os pneus duros foram aquecendo, o rendimento da Red Bull melhorou e as últimas cinco voltas foram de grande batalha pela vitória.

Verstappen conseguiu ultrapassar Leclerc na volta 47, a três da bandeirada, ganhando por meio segundo de vantagem.

"Eles eram mais rápidos nas curvas, nós nas retas. Não foi fácil ultrapassar, mas lá consegui chegar à liderança da corrida. Mesmo assim, ele ainda pressionou", comentou Verstappen.

O piloto holandês explicou que, com os novos carros, "é mais difícil de planear as ultrapassagens", pois "estando a meio segundo do carro da frente dá para ter uma boa saída".

Já Leclerc mostrou desportivismo, felicitando o rival pela vitória.

"Adorei a corrida. Deviam ser todas assim. Uma luta dura, mas justa. Éramos rápidos nas curvas, mas mais lentos nas retas", frisou.

Nota ainda para o quinto lugar do britânico George Russell (Mercedes), atrás de Sergio Pérez.

Dos 18 carros em pista, desistiram cinco (Alexander Albon, em Williams, Valtteri Bottas, em Alfa Romeo, Fernando Alonso, em Alpine, Daniel Ricciardo, em McLaren, e Nicholas Latifi, em Williams).

Com estes resultados, Leclerc mantém o comando do campeonato, com 45 pontos (somou um ponto extra por ter feito a volta mais rápida), contra os 33 de Carlos Sainz e os 25 de Max Verstappen, que tinha desistido na corrida anterior.

A próxima ronda é o GP da Austrália, a 10 de abril.