A Guerra Madeira

“Ele está a copiar exactamente o Hitler”, diz Alberto João Jardim

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O antigo governante madeirense teme “uma possível escalada” das atitudes de Vladimir Putin

O ex-presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, disse esta noite ao DIÁRIO que está a acompanhar com apreensão a guerra entre a Ucrânia e a Rússia.

“É uma situação preocupante. Há uma franca violação do Direito Internacional, na medida em que um país não pode invadir os outros só porque quer impor a sua vontade. Isto é nitidamente uma agressão fascista, própria de um criminoso de guerra, mais a mais de um regime político que é corrupto do mais puro capitalismo selvagem e de aldrabões”, disse, afirmando que receia que isto se torne “numa escalada” e o “mundo também seja arrastado” para o conflito. “Hoje as declarações sobre a Finlândia e a Suécia são ainda muito mais graves e dá a impressão que o homem enlouqueceu e quer arrasar o Mundo em nome de uma vingança em prol da defunta União Soviética”, frisou, comparando mesmo o presidente russo com o líder da Alemanha nazi. “Ele está a copiar exactamente o Hitler, que dizia que não ia invadir e no dia seguinte invadia, exactamente o mesmo método como está a acontecer agora. E o Ocidente está a fazer o mesmo que fez com o Hitler, está transigindo, porque nem sequer conseguem chegar a acordo sobre as sanções económicas para aplicar aos russos”, referiu.

No entanto, Alberto João Jardim é da opinião que os restantes países internacionais não devem prestar apoio militar à Ucrânia. “A estratégia nas últimas semanas já está mais correcta, que foi no sentido de evitar uma provocação para que o criminoso de guerra Putin não tivesse veleidades de fazer uma asneira ainda muito mais grave do que a utilização de armas convencionais”, explicou.

O antigo governante madeirense comentou ainda as possíveis repercussões que a guerra na Ucrânia vai trazer. “Vai ter impactos em toda a gente, inclusive aqui na Região. Os transportes vão ficar muito mais caros, por causa dos combustíveis e, ficando mais caro, vai repercutir-se no preço dos bens de consumo”, concluiu.

"Portanto, ou ele é eliminado ou vamos ter problemas" Alberto João Jardim