Madeira

"Na Madeira os salários são mesmo muito baixos"

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"Na Madeira os salários são mesmo muito baixos e é difícil explicar que o turismo recupere, que a hotelaria recupere e que os salários, estes, nunca recuperem, numa situação, de inflação, em que as famílias têm tantas dificuldades", disse a coordenadora nacional do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, aquando da visita ao projecto de co-abrigo, desenvolvido pelo Centro de Apoio ao Sem Abrigo (C.A.S.A.)

De visita à Região, Catarina Martins referiu que os bons resultados do turismo na Região, devem levar ao aumento dos salários. "Felizmente o turismo diz-nos, hoje, como a Madeira está bem, como conseguiu recuperar. Ainda bem que está bem, mas do mesmo modo que quando foi preciso haver apoios públicos às empresas do turismo, da hotelaria e da restauração para aguentarem a pandemia (...), agora é também o momento que a situação está melhor, de aumentar salários".

Relativamente a projectos que ajudem pessoas em situação de sem-abrigo na Madeira, a coordenadora nacional do BE afirma que "não há razão nenhuma para a Madeira não pensar nos projectos que são fundamentais para retirar as pessoas da rua".

A região da Madeira está atrasada e é muito difícil de compreender que, o Governo Regional fale todos os dias dos milhões do PRR, e que seja tão difícil encontrar respostas sociais qualificadas para as pessoas que estão em situação mais vulnerável". Catarina Martins.

Relativamente à inflação e ao aumento dos bens alimentares, Catarina Martins, refere que existem vários "problemas graves".

A alimentação em Portugal subiu bem acima da inflação e nós sabemos como na Madeira, com os custos da periferia e da insularidade, a alimentação é ainda mais cara do que é no território continental. Há aqui um problema grave de apoios sociais, de salários muito baixos, pensões muito baixas, de enorme precariedade, ao mesmo que tempo que os preços e os bens essenciais dispararam e continuam a aumentar". Catarina Martins.

A concluir, sobre o projecto desenvolvido pelo C.A.S.A., a responsável pelo partido explica que "aqui é dado apoio alimentar e outro tipo de apoio a tantas famílias não só no Funchal, como na Região, que estão em situação vulnerável", através de um cabaz alimentar.