Madeira

Governo Regional “não volta atrás” na decisão de proibir a pesca na Reserva Natural das Ilhas Selvagens

Garantia do secretário regional do Mar e Pescas, Teófilo Cunha

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“[O Governo Regional] já decidiu e não volta atrás nesta decisão”. A resposta categórica é do secretário regional do Mar e Pescas, Teófilo Cunha, quando confrontado com as queixas dos pescadores, nomeadamente do atum, relativamente à proibição da pesca na Reserva Natural das Ilhas Selvagens, que ampliou 27 vezes a área protegida, ao passar de 97 quilómetros quadrados de mar protegido para 2677 quilómetros quadrados de área marinha com protecção total.

À margem do Seminário do Mar e Controlo das Pescas, que se realizou no Caniçal, o governante sentenciou: “É uma decisão do Governo Regional, está decidida e está bem decidida”, disse.

Minutos antes o presidente da Coopesca, Jacinto Silva, tinha criticado a proibição decretada à pesca decorrente do novo regime jurídico da Reserva Natural das Ilhas Selvagens, aprovado em Abril, ao mesmo tempo que reafirmou a intenção de continuar a reivindicar o regresso ao passado na esperança que os decisores políticos voltem atrás e autorizem a pesca do atum ‘à superfície’.

Pretensão que não colhe qualquer abertura do secretário regional do Mar e Pescas. Ao contrário dos apelos para a renovação da envelhecida frota do peixe-espada-preto.

Neste particular Teófilo Cunha desvendou que “o Governo Regional arranjará forma de providenciar que gradualmente se possa fazer a renovação da nossa frota de espadeiros”. Remeteu mais novidades sobre o assunto para a discussão do Orçamento Regional de 2023.

Nas contas “em baixa” do governante, renovar toda a frota de espadeiros andará à volta dos 6 milhões de euros.