Comunidades Madeira

"Se a TAP é uma companhia de bandeira tem de estar ao serviço da nossa comunidade"

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Foto VH

Num discurso emotivo e recheado de elogios ao trabalho desenvolvido pela comunidade portuguesa na Venezuela e, em particular, pelo Centro Português de Caracas, Miguel Albuquerque não deixou passar a oportunidade para abordar um dos principais problemas que afectam a Diáspora. Nomedamente, o número de frequências aéreas para Portugal e para a Região Autónoma da Madeira.

“Nós sabemos que é preciso pressionarmos a TAP, porque há cerca de 20 anos, nós [Madeira] tínhamos o mesmo problema. Portanto, tanto eu como o senhor embaixador [de Portugal na Venezuela] e o senhor secretário de Estado, o que temos que fazer neste momento é falar de uma TAP e dizer que se a TAP é uma companhia de bandeira tem de estar ao serviço da nossa comunidade”, declarou o presidente do Governo Regional.

“É fundamental, não só aumentar as frequências para Portugal, para Lisboa, mas ter também pelo menos uma sequência por semana para o Funchal”, insistiu Miguel Albquerque.

O governante deixou também uma palavra aos ‘regressados’:

Nós temos uma comunidade que atravessou um ciclo muito difícil, um ciclo que levou a que grande número dos nossos conterrâneos fosse para a Madeira. Todos sabem que nós na Madeira fizemos tudo o que era possível para serem recebidos como irmãos, como nossos compatriotas, como nossos concidadãos. É uma comunidade que está perfeitamente integrada e que rapidamente se integrou na nossa vida colectiva, trouxe uma valorização e uma dinâmica à nossa vida colectiva que é digna de louvar, mas queria hoje dizer-vos que nunca tive, de facto, nenhuma dúvida de que a nossa comunidade na Madeira ou aqui desenvolve sempre um serviço e um trabalho extraordinário.

A Paulo Cafôfo, Albuquerque fez questão de ressalvar que, apesar de a festa ter sido organizada pelo Governo Regional da Madeira, “quando se trata da nossa comunidade fazia todo o sentido” a presença do Secretário de Estado. “Porque em primeiro lugar e acima de tudo nós temos um imperativo de serviço às nossas comunidades e à comunidade da Venezuela. E nós temos imperativamente que trabalhar em conjunto para criar melhores condições e sobretudo dar respostas aos problemas da nossa comunidade”, afirmou.

“Hoje nós sabemos que – depois da pandemia, depois da crise económica e social que a Venezuela atravessou e continua a atravessar – temos concertar posições para melhorar e, sobretudo, apoiar aqueles mais vulneráveis e aqueles mais que precisam da nossa ajuda. Nesse sentido, vamos fazer um trabalho que com certeza será importante e que levará a com que vocês todos possam dizer que podem contar com o Governo da Madeira e com o Governo Nacional”, prometeu ainda o governante madeirense.