País

Marcelo Rebelo de Sousa felicitou Mattarella por reeleição como Presidente de Itália

None

O chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, felicitou o italiano Sergio Mattarella pela reeleição como Presidente da República de Itália, salientando "a importância de continuar a desenvolver e a reforçar o relacionamento" entre os dois países.

Num comunicado divulgado hoje no site oficial da Presidência da República, lê-se que Marcelo Recebo de Sousa transmitiu a Sergio Mattarella "votos de sucesso, certo do papel que continuará a desempenhar para o progresso e estabilidade de Itália".

"Nesse contexto, o Presidente da República salientou a importância de continuar a desenvolver e a reforçar o relacionamento entre Portugal e Itália, nomeadamente na esfera europeia", pode ler-se na nota.

O parlamento italiano elegeu hoje Sergio Mattarella para um novo mandato como chefe de Estado, depois de os partidos terem sido incapazes de encontrar uma alternativa durante sete votações consecutivas.

Mattarella, de 80 anos, obteve os 505 votos necessários, a maioria absoluta dos 1.009 "grandes eleitores" - 630 deputados, 321 senadores e 58 delegados regionais -, na oitava votação, o que resultou num grande aplauso no parlamento.

Em Itália, a eleição do Presidente da República tem de passar por uma aproximação entre a direita e a esquerda, porque nenhuma delas dispõe da maioria absoluta requerida para impor um candidato.

O atual mandato de Mattarella termina em 03 de fevereiro e o chefe de Estado tinha indicado por diversas ocasiões que não queria permanecer no cargo.

"Os dias complexos no âmbito da eleição do chefe de Estado e a grave situação de emergência que enfrentamos, do ponto de vista sanitário, económico e social, exigem um sentido de responsabilidade e o respeito pelas decisões do Parlamento", disse hoje, no entanto, Mattarella.

A eleição do Presidente da República decorria há uma semana sem acordo quanto a um nome, o que prolongava a incerteza que pesa sobre o futuro do primeiro-ministro, Mario Draghi, e da coligação governante.

O Presidente da República tem um papel essencialmente protocolar em Itália, mas este ano está muito em jogo: se Mario Draghi fosse eleito, abandonaria a liderança do seu Governo que assenta numa frágil coligação.

Uma tal escolha poderia desencadear eleições legislativas antecipadas, o que faria "descarrilar" as reformas necessárias à obtenção dos milhares de milhões de euros prometidos a Itália no âmbito do fundo de recuperação da União Europeia.

Itália é o maior beneficiário europeu desse programa, estando previsto receber quase 200 mil milhões de euros, desde que cumpra os requisitos de reformas em diversas áreas.