Madeira

Deslocalização de ambulância deveu-se à “boa gestão” do comando

Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Câmara de Lobos justifica ausência temporária da ambulância afecta ao destacamento do Curral das Freiras

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A deslocalização temporária, esta manhã, da ambulância de socorro afecta ao destacamento do Curral das Freiras dos Bombeiros Voluntários de Câmara de Lobos deveu-se à “boa gestão” do comando face a pontuais limitações operacionais e à necessidade de gerir os meios disponíveis pensando o concelho num todo. A garantia é de Adelino Gonçalves, presidente da Associação Humanitária Bombeiros Voluntários de Câmara de Lobos, em reacção às criticas manifestadas esta manhã pelo facto da ambulância local ter sido ‘desviada’ para o quartel da corporação em Câmara de Lobos, quando foi solicitado socorro a uma idosa do Curral das Freiras que sofrera queda nas imediações da igreja.

Adelino Gonçalves justificou a retirada temporária do meio de socorro face à necessidade de ir a Câmara de Lobos um elemento para substituição de bombeiro de ‘baixa’, facto aproveitado também para ‘reforçar’ os meios de socorro então disponíveis – duas das três ambulâncias sedeadas no quartel de Câmara de Lobos tinham sido empenhadas no socorro a um acidente de viação com quatro vítimas ocorrido ao início da manhã na freguesia do Campanário, concelho da Ribeira Brava.

Porque é fora do Curral das Freiras que se concentra a maioria dos munícipes câmara-lobenses, entendeu o comando que a ambulância afecta ao destacamento do Curral das Freiras deveria permanecer no quartel em Câmara de Lobos até que as outras ambulâncias fossem ‘libertadas’.

“Temos que pensar no todo do concelho ao gerir os meios disponíveis. Foi isso que aconteceu. Foi entendido, e bem, que fazia mais sentido ter pontualmente essa ambulância próximo da grande maioria da população do concelho – no quartel – que representa mais de 30 mil pessoas, em vez de a ter no Curral das Freiras. Infelizmente aconteceu esse incidente, mas o mesmo constrangimento iria acontecer se o acidente fosse noutra freguesia do concelho e a ambulância estivesse no Curral”, justificou. Esclarece ainda que “a ambulância não é do Curral [das Freiras], é do concelho”, embora reafirme que é intenção da corporação continuar a “fazer o possível e o impossível para manter aquilo (destacamento do Curral das Freiras) aberto”, só possível com “o grande esforço que tem vindo a ser feito” para o manter em funcionamento.

A falta de pessoal – voluntários de baixa e profissionais de recusam trabalhar ao domingo – é outro constrangimento que afecta o destacamento e que leva Adelino Gonçalves a apelar ao “esforço de todos”, por entender que o bom funcionamento desta valência “precisa da colaboração de todos os bombeiros” e também “da compreensão da população”.

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