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Marcelo envia mensagem de condolências e solidariedade a Presidente de Moçambique

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou hoje uma mensagem de condolências e solidariedade ao homólogo moçambicano, Filipe Nyusi, motivada pelas consequências da tempestade Ana que provocou pelo menos 20 mortes neste país africano.

"Tenho estado a acompanhar com profunda consternação e preocupação os trágicos efeitos da passagem da tempestade Ana em Moçambique, que afetou as províncias mais povoadas do país e provocou a perda de vidas humanas, grande parte mulheres e crianças, e danos avultados em infraestruturas críticas", escreve Marcelo Rebelo de Sousa, numa mensagem publicada na página de internet da Presidência.

Marcelo Rebelo de Sousa acrescenta que os seus pensamentos estão com as vítimas e as suas famílias, a quem apresenta, através do presidente moçambicano, e em nome do Povo português, "as mais sentidas condolências, assim como os desejos de rápidas melhoras" a todos os feridos.

"Quero também expressar a Vossa Excelência [Filipe Nyusi] a nossa solidariedade para com o povo moçambicano e, em particular, para com os habitantes das zonas mais afetadas", conclui o chefe de Estado português.

A tempestade Ana já fez, pelo menos, 20 mortos em Moçambique, seis dos quais em Tete, num balanço ainda preliminar, segundo as autoridades do país.

De acordo com as Nações Unidas, entre 2016 a 2021, o país enfrentou duas grandes secas e oito tempestades tropicais, incluindo os grandes ciclones Idai e Kenneth, em 2019, que num período de seis semanas afetaram 2,5 milhões de pessoas. 

Moçambique enfrenta atualmente a época ciclónica sazonal e a tempestade Ana foi a primeira a atingir o território, mas quatro a seis ciclones estão previstos para a região até ao final de março, quando termina a época das chuvas.

Pontes foram arrastadas pela força das águas, levando consigo viaturas e os seus ocupantes, e gado, além de inundaram os campos, meio de subsistência para muitos moçambicanos.

Moçambique foi várias vezes nos últimos anos atingido por tempestades e ciclones que causaram mortes, graves danos materiais e forçaram a deslocação de grande número de pessoas.

A época chuvosa de 2018/2019 foi das mais severas de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas dos dois maiores ciclones de sempre a atingir o país.

Segundo a ferramenta de avaliação de risco de desastres Inform, Moçambique ocupa o nono lugar entre 191 países quanto à vulnerabilidade a perigos, exposição a riscos e falta de capacidade de resposta.