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CDU sai em "defesa da escola pública"

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A CDU organizou esta tarde um debate, subordinado ao tema 'Defesa da Escola Pública', que serviu para a candidata Herlanda Amado recordar que, ao contrário do que acontece no continente, na Madeira não existe gratuitidade nas creches públicas.

Esta iniciativa contou com a participação de Ana Salgueiro, docente e investigadora, e das candidatas à Assembleia da República pelo círculo da Madeira, Herlanda Amado e Teresa Ferreira. 

"No território continental, contrariamente à Região Autónoma da Madeira, todas as crianças que entrarem para o primeiro ano de creche em Setembro de 2022 terão creche gratuita, medida que foi aprovada na Assembleia da República por proposta do CDU", referiu a cabeça-de-lista. Ficou patente que, "nos dois últimos anos as crianças do primeiro e segundo escalões já tinham o direito a creche gratuita, por insistência da CDU. O que foi aprovado agora é mais um passo muito importante, porque liberta as famílias de uma grande despesa e assegura as crianças o acesso à creche".

"Quem tem filhos quer vê-los crescer saudáveis e felizes e acompanhar o crescimento de uma criança implica um emprego estável e com direitos, horários regulados, com tempo para viver, salários que permitam uma vida digna, uma habitação com condições e espaço, acesso a serviços públicos pensados para apoiar o desenvolvimento integral das crianças", refere nota à comunicação social.

A candidatura da CDU defende o aumento geral dos salários, incluindo do salário mínimo, o combate à precariedade, a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, não só a pensar nos direitos dos trabalhadores, mas também nos das crianças, porque a exploração do trabalho dos pais reflete-se na vida das crianças e compromete o seu desenvolvimento e o do País.

"As crianças e os jovens da nossa Região, não têm acesso a estes direitos, agravando no plano económico a situação de tantas famílias Madeirenses e Portossantes, tendo inclusive em consideração o aumento recente do custo de vida que afectará milhares de pessoas, porque, uma vez mais, assim não quis a coligação “anti-social” PSD e CDS. Na Assembleia Regional da Madeira a CDU apresentou propostas idênticas às que já estão consagradas no plano nacional, mas estes partidos recusaram, alegando que esta não era uma necessidade porque o Governo já o garante. Realidade paralela esta, em que parecem viver os membros deste Governo, completamente em dissonância com a realidade de tantas famílias da nossa Região, e em parte percebe-se o porquê da Região, segundo estatísticas recentes, ser das Regiões do País com o mais elevado risco de pobreza", indica a nota.

A CDU reafirma que "quando muitos diziam, «isso é impossível!», nós não desistimos porque quem faz este tipo de afirmações, são os mesmo que não querem dar resposta e soluções aos problemas dos trabalhadores e do povo. Os últimos anos mostraram que muitos dos «impossíveis» afinal não o eram".