Eleições Autárquicas Madeira

Conheça as notas que Rubina Leal dá à campanha no Funchal

Ex-vereadora e candidata do PSD em 2017 também participa na nova rubrica do dnoticias.pt na qual observadores convidados dão duas notas (de 0 a 10) à campanha autárquica no concelho onde já foram a votos

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Rubina Leal também é observadora do DIÁRIO para as autárquicas no Funchal. Na rubrica digital no DIÁRIO que estreamos hoje, para além das duas notas (de 0 a 10), com breve explicação para as mesmas, a ex-vereadora atribui pontuação a outras forças que participam na campanha autárquica.

Nota 9 para a coligação ‘Funchal Sempre à Frente’

A Coligação Funchal Sempre à Frente tem pautado a sua campanha pela apresentação de soluções para os inúmeros problemas com que a cidade se depara. O candidato a presidente do Município, Pedro Calado, tem dado mostras daquilo que nós já sabíamos: é um político competente, com obra feita e sem medo de enfrentar desafios. Destaco a sua aposta em áreas fundamentais como o reforço dos apoios sociais e habitação social, a juventude, o comércio tradicional, apenas para citar alguns exemplos. Uma campanha pela positiva, salientando os seus pontos fortes e demonstrando o estado lastimável a que o Funchal chegou. É acompanhado por uma equipa de reconhecidos méritos, com uma mistura entre experiência e juventude, que certamente trará de volta o Funchal que outrora conhecemos. Segue uma matriz ideológica comum aos dois partidos que integram a coligação, com uma forte identificação social-democrata.

Nota 3 para a coligação ‘Confiança’

Uma mescla de partidos cujas ideologias muitas vezes entram em contradição umas com as outras. A exemplo do que tem acontecido desde 2017, não existe uma definição clara daquilo a que se propõe. Denota-se ainda que o candidato, cuja presidência da autarquia lhe caiu no colo, não consegue definir um rumo concreto para a cidade. Ademais, o uso de meios camarários para a realização de campanha eleitoral é uma prática que não deve ter lugar na sociedade atual. Os candidatos a vereadores estão ausentes, não se conseguindo descortinar quem acompanha o candidato a presidente . Assistimos por outro lado a uma campanha que se limita, até ao momento, à fulanização da figura presidencial.

E ainda:

Campanha Chega - Nota 2

Uma campanha praticamente inexistente. Uma aposta clara em obter votos a partir da figura de André Ventura, que foi colocado em todos os cartazes espalhados pela cidade. Não se conhecem ideias, princípios políticos, nem tão pouco soluções para os problemas da cidade.

Campanha CDU - Nota 3

À semelhança do que aconteceu em 2017, estranhamente a CDU volta a estar muito ausente da discussão do futuro da cidade. Após um mandato de 4 anos onde a única eleita pela CDU na Assembleia Municipal foi uma voz ativa, o candidato à Camara Municipal não capitaliza esse trabalho. Aliás, é uma posição em tudo igual à de 2017 e que trouxe amargos resultados aos comunistas.

Campanha PTP - Nota 4

A candidata do PTP, Raquel Coelho, tem optado, no seu reconhecido estilo, por denunciar alguns dos problemas da cidade. Fazendo uso de todos os meios que possa ter ao seu dispor, vai conquistando o seu espaço mediático. Em 2017, neste mesmo registo, alcançou o lugar de deputada à Assembleia Municipal. Veremos agora como cabeça de lista ao executivo camarário qual será o seu resultado.

Campanha JPP - Nota 2

É difícil compreender o rumo que o JPP está a tomar na condução da campanha na capital madeirense. As poucas propostas apresentadas, não se enquadram nas competências camarárias, o que tem transmitido uma imagem de desnorte na campanha deste partido. Tem tido pouca presença junto da população, especialmente nas zonas limítrofes da cidade.

Campanha Iniciativa Liberal - Nota 2

A Iniciativa Liberal é um fenómeno curioso no panorama político português. Trouxe para as campanhas eleitorais uma nova forma de passar a sua mensagem. Usa a sátira social, o humor, para passar a sua mensagem. Ao contrário do que aconteceu por exemplo nas legislativas nacionais de 2019, em que aliaram o humor às propostas concretas, nesta campanha aos órgãos autárquicos do Funchal, ainda nos falta perceber quais são as propostas dos liberais para a cidade.