Eleições Autárquicas Madeira

Paulo Cafôfo dá notas à campanha no Funchal

Ex-presidente da Câmara estreia a nova rubrica no dnoticias.pt na qual observadores convidados dão duas notas (de 0 a 10) à campanha autárquica no concelho onde já foram a votos

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Lançamos hoje a nova rubrica digital no DIÁRIO na qual observadores dos diversos quadrantes dão duas notas (de 0 a 10), com breve explicação para as mesmas, à campanha autárquica no concelho onde já foram autarcas (presidente de qualquer órgão, vereador ou deputado municipal). 

Paulo Cafôfo, eleito em 2013 e 2017 como presidente da Câmara do Funchal, estreia a rubrica.

Nota 9 para a coligação 'Confiança'

A coligação Confiança tem desenvolvido uma campanha sempre pela positiva, com iniciativas onde tem demonstrado que desde 2013 nada ficou como dantes e o Funchal mudou para melhor. Seja na gestão financeira que permitiu reduzir uma dívida monstruosa, seja nos programas sociais inovadores e na transparência da sua atribuição, na construção de nova habitação social, no apoio à educação com manuais e bolsas de estudo, seja no incentivo ao investimento privado com o Balcão do Investidor e uma série de apoios e benefícios, seja nos investimentos em acessibilidades nas zonas altas, na melhoria do serviço público com a Loja do Munícipe, na reabilitação urbana com a criação de ARU’s e revisão do PDM, seja numa programação cultural de excelência e numa democratização da vida pública nunca antes vista.

O Miguel Silva Gouveia tem-se preocupado em construir um programa integrado e coeso, discutido com a população e com a sua equipa de vereação, uma equipa jovem mas ao mesmo tempo experiente, de pessoas qualificadas e sem “rabos de palha” ou outros interesses, a não ser o interesse de fazer o melhor pelo Funchal. Tem realizado uma campanha eleitoral de muita proximidade com as pessoas, sem falsas promessas, e sem gastar os “rios de dinheiro” do adversário. Uma campanha com elevação e educação, não respondendo aos ataques baixos e mesquinhos, com mentiras e atentados de carácter, apontando ao futuro e com propostas de solução para os problemas que a cidade ainda tem.

Nota 2 para a coligação 'Funchal Sempre à Frente'

A campanha começou com o candidato Pedro Calado a dizer que “queria que as eleições fossem limpas, correctas, sem interferências exteriores. Uma campanha de ideias, de qualidade, para debate de projectos e sem ataques pessoais”. Ou há aqui uma dupla personalidade ou o desespero fez com que passado pouco tempo, vociferasse uma série de impropérios e ofensas, e na apresentação da candidatura, aquele que deixou uma dívida de mais de 100 milhões de euros e celebrou contratos SWAP que lesaram a Câmara em 1 milhão de euros, dissesse que nós é que deveríamos “ser presos”. E depois os talibãs somos nós?

Tem dito que quer apoiar os pequenos comerciantes, reduzindo impostos, quando no Governo Regional rejeitou uma proposta do PS para a baixa do IVA. Também esquece-se, ao querer baixar o IMI, que foi esta Câmara que o baixou para taxa mínima e que devolveu IRS aos funchalenses, coisa que ele nunca fez enquanto vereador das finanças. A mesma pessoas que promete mais apoios sociais, é a mesma que há 10 cortou-os em 375 mil euros. E continua agarrado ao passado, e aos modelos de mobilidade ultrapassados, mas também agarrado ao betão, ao querer destruir a Praça do Município para construir um parque de estacionamento para 1500 carros, pondo em causa a estabilidade de três edifícios envolventes: a Igreja do Colégio, o antigo Paço Episcopal, actualmente Museu de Arte Sacra, e o próprio edifício dos Paços do Concelho. Uma campanha marcada pela arrogância na postura e violência no discurso, e por promessas sem visão e sem nexo, sinal de que não tem qualquer projecto para o Funchal.