Eleições Autárquicas Madeira

Calado e Gouveia divididos quanto ao “caos” no Funchal

Miguel Silva Gouveia desafiou Pedro Calado a se demarcar das declarações de Albuquerque que disse que a cidade parece "um chiqueiro"

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O candidato do ‘Funchal Sempre à Frente’ quer investir, mas não apenas durante a campanha eleitoral. As obras para a campanha fizeram com que a cidade do Funchal se tornasse, por estes tempos, “um caos” foram alvo de críticas.

Pedro Calado referiu que a sua intenção é “pegar no dinheiro dos funchalenses e investir”, mas de forma adequada ao longo dos próximos quatro anos.

A questão da dívida à empresa Água e Resíduos da Madeira (ARM) voltou ao debate com o candidato da Coligação Confiança a garantir que não é verdade que a autarquia deva “20 milhões de euros à ARM”.

Também a questão dos resíduos divide os candidatos. Hoje temos “uma cidade decadente, uma cidade suja (…) na qual os trabalhadores não têm meios para trabalhar”, lamentou Calado, reforçando afirmações já feitas pelo líder do Governo Regional, Miguel Albuquerque.

Miguel Silva Gouveia rejeita que os funchalenses sejam apelidados de “sujos”, de “decadentes” e lembra o tempo que o seu Executivo levou a resolver os problemas deixados pelos mandatos de Albuquerque, nos quais Pedro Calado era vice-presidente.

“Ainda estamos a pagar dívida de 2013”, reiterou o candidato da ‘Confiança’.

Miguel Silva Gouveia repudiou as declarações do presidente do Governo Regional que, ontem, num comício, referiu que “a cidade do Funchal é um chiqueiro”. O candidato da coligação Confiança considera um desrespeito pelos trabalhadores da Câmara que trabalham afincadamente para aprimorar as ruas da didade.

“Não podemos estar a receber elogios por termos a cidade mais limpa e depois temos o presidente do Governo Regional a chamar de chiqueiro”, apontou Miguel Silva Gouveia. “Não é abonatório para a capital do melhor destino insular do mundo”, acrescentou.

Nesse sentido, desafiou Pedro Calado a se demarcar de tal posição manifestada por Miguel Albuquerque.

O candidato da coligação Sempre à Frente não se demarcou e lembrou a visita que fez anteontem à estação de tratamento de resíduos, nos Viveiros, onde viu “mais de 2/3 das viaturas paradas”.

Pedro Calado disse que a recolha de lixo tem falhas e o pessoal nem fardamento tem para ir trabalhar. “Vão para os serviços com a sua própria roupa e há viaturas paradas porque não há dinheiro para calços de travões”, apontou o candidato do PSD/CDS que explicou assim a razão pela qual a cidade é “suja e decadente”.