Turismo Madeira

Alojamento turístico da Região registou 965,6 mil dormidas no 1.º semestre de 2021

Direcção Regional de Estatística da Madeira salienta crescimentos pronunciados nas dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico no passado mês de Junho

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No primeiro semestre do corrente ano, as dormidas no total do alojamento turístico na Região registaram um decréscimo de 34,4% comparativamente ao período homólogo de 2020, rondando os 965,6 milhares, enquanto os proveitos totais e de aposento apresentaram quebras de 32,9% e 33,9%, respectivamente.

De acordo com os dados hoje divulgados pela Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM) e "analisando os principais mercados emissores, verificaram-se aumentos bastante significativos comparativamente ao período homólogo. O mercado francês registou um crescimento de 38 216,7%, seguido do mercado britânico (+15 855,1%) e do mercado alemão (+8 800,8%). O mercado nacional registou, comparativamente a junho de 2020, +693,6% de dormidas em 2021. Em termos acumulados (de Janeiro a Junho de 2021), o mercado britânico continua a registar a maior quebra, com -74,8% de dormidas, seguido do mercado alemão e francês, com decréscimos de 59,1% e 19,4%, respectivamente. O mercado português apresentou, ao contrário dos outros mercados e para o mesmo período, um crescimento bastante significativo, de 101,7%, relativamente ao período homólogo", acrescenta a DREM.

Já no que se refere apenas a Junho último, 58% dos estabelecimentos do alojamento turístico da Região registaram movimento de hóspedes (70,4% da capacidade do alojamento turístico total). A DREM acrescenta que, por segmento, o turismo no espaço rural foi o que apresentou a maior percentagem de estabelecimentos do seu segmento com movimento de hóspedes (78,1%), seguido da hotelaria com 71,6% e do alojamento local com 56,2%.

De acordo com a DREM, em Junho passado,  estimou-se um total de 366,4 mil dormidas no alojamento turístico, "traduzindo um acréscimo bastante expressivo de 1 749,2% em comparação com o mês homólogo (mês no qual o movimento de hóspedes ainda era residual devido às medidas restritivas de controlo da pandemia). Apesar deste aumento, o número de dormidas em Junho de 2021 não chegou a 50% do valor das dormidas de 2019 no referido mês. De sublinhar que excluindo o alojamento local com menos de 10 camas, as dormidas do alojamento turístico apresentaram um acréscimo de 2 091,0% relativamente a junho de 2020, superior ao observado no país, que foi de 230,1%. Os proveitos totais e os de aposento também apresentaram crescimentos bastante expressivos, de 3 422,1% e 2 950,8%, fixando-se nos 18,6 e 12,2 milhões de euros, respetivamente", refere a informação disponibilizada.

Os dados revelam ainda que a hotelaria concentrou 78,3% das dormidas, crescendo 2 445,5% em termos homólogos. Destaca-se o facto, de que no mês de junho do ano anterior, este segmento manteve apenas 13,2% dos estabelecimentos abertos, originando apenas 11,3 mil dormidas Por sua vez, o alojamento local registou um aumento de 838%, congregando 19% do total de dormidas, enquanto o turismo no espaço rural e de habitação, observou apenas 2,8% das dormidas, correspondendo a um acréscimo de 793,3%.

A informação divulgada acrescenta ainda que o  valor da estada média no mês de Junho registou um aumento relativamente ao mesmo mês do ano anterior (3,07 noites), fixando-se nas 4,62 noites e que a taxa de ocupação-cama do alojamento turístico no mês em referência rondou os 39,9%, ou seja, 27,7 pontos percentuais (p.p) acima do observado no mês homólogo. 

No que concerne o  RevPAR (proveitos de aposento por quarto disponível), este valor em Junho último fixou-se em 31,54 euros no conjunto do alojamento turístico (excluindo o alojamento local abaixo das 10 camas), +345,2% que no mesmo mês do ano precedente e +53,4% que no mês anterior. "Comparativamente aos valores de junho de 2019, o RevPar continua a registar valores significativamente baixos, com uma quebra de 35,7% (49,08 euros em Junho de 2019)."

Movimento de cruzeiros quase nulo

De acordo com os dados fornecidos pela Administração dos Portos da Região, no 1.º semestre de 2021 contabilizaram-se apenas 86 passageiros em trânsito, traduzindo uma quebra homóloga de 99,9%. Neste período, registaram-se apenas 3 escalas (-95,6% que em 2020), correspondendo a menos 65 escalas que no primeiro semestre de 2020.

Menos voltas nos  campos de golfe da Região 

A DREM revela também, no âmbito do inquérito aos campos de golfe, que se realizaram 11.861 voltas nos três campos de golfe da Região na primeira metado do ano, ou seja,  uma quebra de 45,8% relativamente ao primeiro semestre de 2020. A actividade gerou cerca de 648,7 mil euros de receitas  (-21,3% que no 1.º semestre de 2020). "É importante realçar que entre 21 de janeiro e 22 de fevereiro deste ano os três campos de golfe estiveram fechados, devido às medidas restritivas da pandemia COVID-19", acrescenta a DREM.