Coronavírus Madeira

Madeirenses acham que enchentes nocturnas no Funchal são motivo de preocupação

Veja os depoimentos recolhidos por Ana Sousa e Tomás Barros

Imagem do vídeo registado na semana passada, na Zona Velha do Funchal.
Imagem do vídeo registado na semana passada, na Zona Velha do Funchal.

A Madeira registou, esta quinta-feira, 24 novos casos de covid-19. Há um mês e meio que a Região não tinha um aumento tão acentuado. Foi há cerca de uma semana que foram captadas imagens de ajuntamentos à noite, no Funchal, como foi noticiado pelo DIÁRIO na segunda-feira, 5 de Julho.

Enchente sem máscaras na noite madeirense

Veja o vídeo captado na noite deste sábado

Neste seguimento, o DIÁRIO quis saber a opinião de alguns madeirenses relativamente ao avanço da pandemia na Região e os motivos associados ao mesmo.

Na Zona Velha, Funchal, encontrámos Miguel, homem com 62 anos e que já está vacinado.

Admite, no entanto, não estar “confiante” e que mantém os cuidados por saber que nem todos o fazem.

“Isto aqui ao fim-de-semana enche. A juventude vem para aí divertir-se, depois de uma semana de trabalho para aliviar o stress” Miguel, 62 anos

Por sua vez, diz preferir estar resguardado em casa, pois “já lá foi o tempo” de sair à noite.

Carolina Fernandes, comerciante de fruta no Mercado dos Lavradores, conhece a realidade nocturna da Região e prefere evitá-la.

“Realmente após ter visto aquelas fotografias todas das pessoas sem máscara, eu tenho receio de lá ir e nem vou. Cada um tem de ter consciência por onde deve andar” Carolina Fernandes

Contudo, ressalva que as autoridades estão a fazer um “excelente trabalho”.

Críticas à fiscalização

O mesmo não acha Sofia Vieira, atendedora de balcão no mesmo local.

“Agora como não há fiscalização apertada como havia antes, por exemplo, quando as autoridades verificavam se os estabelecimentos estavam a cumprir as horas de funcionamento, é normal haver estas enchentes” Sofia Vieira

Já José Alberto, vendedor de profissão, admite “gostar de beber um cafezinho à noite”.

Tenta, todavia, fazer os possíveis para se proteger a si e aos outros e alerta que, por vezes, “as pessoas têm de ter consciência que a doença existe e é preciso tomar as devidas precauções”. Isto inclui as pessoas que já estão vacinadas, as quais, julga José Alberto, “são as que se descuidam”.

Pela rua encontrámos ainda dois jovens estudantes, que também se pronunciaram acerca dos ajuntamentos que se têm verificado nas saídas à noite.

Rodrigo considera que este tipo de comportamento é “algo desnecessário especialmente na altura em que se vive”.

Salvaguarda, no entanto, que “se forem grupos pequenos, não há problema”. Já Henrique diz não sair à noite e, por isso, acompanhou a enchente do passado fim-de-semana pelas redes sociais, acreditando que devia existir um maior controlo.