Desporto

Selecção de andebol de Portugal não resistiu aos melhores do mundo

Madeirense João Ferraz marcou três golos frente à Dinamarca

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FOTO: TIAGO PETINGA/LUSA

A selecção portuguesa de andebol equilibrou até ao intervalo o jogo contra a poderosa Dinamarca, mas, quando vacilou, o 'colosso' nórdico fugiu definitivamente no marcador, conseguindo um triunfo por 34-28 no Grupo B dos Jogos Olímpicos Tóquio2020.

O madeirense João Ferraz marcou três golos nesta partida, frente aos dinamarqueses.

Apesar do desaire, basta a Portugal vencer domingo o Japão para atingir os quartos de final, independentemente dos outros resultados, porém os nipónicos, que ainda não têm qualquer ponto, ainda podem sonhar com os quartos de final.

Portugal, atual quarto classificado (última posição de acesso aos 'quartos'), com dois pontos, tem vantagem direta com o Bahrain, quinto, com os mesmos pontos, dado que venceu a seleção do Médio Oriente por 26-25, mas uma derrota ante os nipónicos pode levar para contas a três.

Sem a pressão de pontuar contra o campeão olímpico e bicampeão mundial, o treinador Paulo Pereira promoveu uma gestão do grupo, poupando o 'capitão' Rui Silva e dando mais minutos a outros atletas, sobretudo Gilberto Duarte.

A Dinamarca cedo conquistou uma 'folga' de três golos (4-1), que Portugal ia reduzindo, regularmente, para somente um, no entanto sem nunca conseguir igualar.

Num jogo vertiginoso, sem grandes rigores táticos, o marcador avolumou-se para uma diferença máxima de quatro golos, aos 9-13, obrigado Paulo Pereira a pedir desconto de tempo.

Portugal deixou de se precipitar em ataques rápidos, estabilizou melhor o seu jogo ofensivo e conseguiu encurtar margens até ao intervalo (19-20), com Diogo Branquinho em destaque, com quatro golos, marca que manteve no fim, sendo o melhor concretizador luso.

O equilíbrio desfez-se pouco depois, quando Portugal sofreu um parcial de 5-0, que passou de 21-22 para 21-27, seis tentos difíceis de recuperar ante o mais cotado dos adversários.

Portugal passava uma fase de menor discernimento, ante um opositor que geria a gosto os ritmos da partida, pelo que não foi difícil ao líder isolado do grupo manter a confortável vantagem, que terminou em seis golos.

Mikkel Hansan, com nove golos, e Mathias Gidsel, com sete, foram os melhores marcadores do encontro.

Sob arbitragem dos macedónios G. Nachevsk e S. Nikolov, as equipas alinharam e marcaram:

- Portugal (28): Gustavo Capdeville, Diogo Branquinho (4), Gilberto Duarte (2), Daymaro Salina (3), Aléxis Borges (3), André Gomes (3) e António Areia (2). Jogaram ainda Humberto Gomes, João Ferraz (3), Rui Silva (1), Pedro Portela (1), Fábio Magalhães (3), Luís Frade (2) e Miguel Martins (1).

Selecionador: Paulo Jorge Pereira.

- Suécia (34): Niklas Landin, Emil Jakobsen (2), Lasse Svan (4), Henrik Moellgaard, Mads Mensah (3), Mikkel Hansan (9) e Mathias Gidsel (7). Jogaram ainda Kevin Moeller, Magnus Landin (1), Magnus Saugstrup (1), Henrik Toft Hansen (3), Morten Olsen, Johan Hansen e Jacob Holm (4).

Selecionador: Nikolaj Jacobsen.

Assistência: Jogo disputado à porta fechada devido à pandemia de covid-19.