Uma vacina contra a ignorância

A contínua convulsão que prolifera neste país à beira mar plantado por vezes parece um testo dum um qualquer livro de ficção, uma história contada por gângsteres, um guião dum filme ou até uma desta novas séries da netflix. Mas afinal até onde irá suportar este pequeno país europeu no que a corrupção, roubo, e descalabro político diz respeito? Isto agora já não bastam os políticos, os banqueiros, os empresários e os dirigentes desportivos que refugiados nas instituições que lhes concedem estatuto e protagonismo para através dessas mesmas instituições lesar o país, dito em português fluente roubar os portugueses. Até quando para estar na política teremos que continuar a utilizar miséria dos portugueses no debate político e a que esta classe de espertalhaços, hipócritas e demagogos, conseguem enganar os cidadãos incautos. Infelizmente parece que o país se converteu numa autentica bandalheira onde a justiça luta inglória contra toda uma série de desastres económicos contra o património da nação tornando-se por vezes «cúmplice» desses crimes e alguma comunicação social quase que (persegue) quem luta pelo esclarecimento da verdade (protege) e promove o dia inteiro os protagonistas das fraudes que assolam o nosso Portugal. Mas será mesmo que isto já não tem solução, ou será que os portugueses definitivamente abdicaram de lutar pelos seus direitos, de reivindicar os valores da sociedade, defender a família pilar dessa mesma sociedade, e dizer duma vez por todas chega de bandidagem. Aproxima-se mais uma consulta às populações através das eleições autárquicas. A campanha eleitoral oficialmente ainda não começou, mas já prolifera a venda de promessas em cartazes enormes onde se degladiam os autores e construtores do actual estado a que o país e a região estão. A cada semana que passa basta ir à bomba de gasolina para saber que cada vez percorremos menos quilómetros com os habituais 20€ de gasolina. Que as compras do supermercado preenchem cada vez menos espaço no carrinho das compras, que cada vez deambula pela cidade homens e mulheres catalogados de sem-abrigo mas que eu denominaria de cidadãos abandonados, cada vez mais os subsídio dependentes lutam por um lugar ao sol, enquanto se percorrem algumas dezenas de metros em comércios do Funchal com cartazes na portas solicitando mão de obra. Cada vez mais se exportam os recém-graduados em várias áreas enquanto a saúde e a educação clamam por prestadores de serviços com os sucessivos adiamentos de consultas, cirurgias e exames. Queremos um país que dignifique e valorize o trabalho, que o respeito e a dignidade dos cidadãos seja bandeira duma sociedade evoluída, que a educação sirva para o desenvolvimento e criação de futuro numa nação prospera. Mas afinal 47 anos de promessa e este povo continua impávido e sereno sentado no sofá ou no café a protestar contra a classe política, e divorcia-se do dever de num ato de coragem mostra a sua indignação e revolta através da única arma que a liberdade lhe concedeu e a democracia lhes proporciona; O VOTO: Porque não é com abstenção que irão combater a corrupção, a indignação e a revolta terá de ser expressa através do voto contra toda esta fraude instalada. Porque a corrupção em Portugal converteu-se na pior pandemia do século XXI, será que algum dia CHEGA uma vacina que desperte o povo para a revolta contra a ignorância?

A.J. Ferreira