Coronavírus Madeira

Eduardo Jesus entende que deve existir "discriminação positiva" para a Madeira

Em causa a retirada da Região da 'lista verde' do Reino Unido

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"Esta decisão é completamente inadequada para a Região Autónoma da Madeira". É desta forma que o secretario regional do Turismo reage à saída da Madeira da 'lista verde' do Reino Unido. A medidas obriga ao cumprimento de quarentena de 10 dias e à realização de dois testes após o regresso ao Reino Unido.

Eduardo Jesus afirma que o executivo madeirense está já a reagir junto do Governo inglês "apresentando um conjunto de argumentos que entendemos que são válidos para que sejam atendidos neste tipo de decisão".

O governante indica que deve haver uma "discriminação positiva relativamente à Madeira", uma vez que o "nosso estado pandémico é completamente diferente do estado pandémico nacional". Além disso, afirma que o risco para os cidadãos ingleses que viajam para a Madeira é menor, uma vez que a esmagadora maioria dos passageiros chega em voos directos de e para a Madeira, "o que impõe necessariamente um risco de contágio bastante inferior, por não estarem a fazer escalas noutros aeroportos".

O secretário do Turismo salienta que o acompanhamento dos turistas que chegam à Madeira sempre foi feito e é também importante atender que a Madeira está num processo mais avançado na vacinação contra a covid-19 do que o restante do país. "Esse é um factor de confiança não só para quem cá vive, mas também para quem nos visita, incluindo os cidadãos ingleses", ressalva.

Eduardo Jesus lembra ainda que a Madeira decidiu oferecer um teste PCR para aqueles cidadãos que precisam de apresentá-lo no regresso ao seu país.

"Há aqui um conjunto de procedimentos e de decisões que estão implementadas na RAM que devem ser atendidos e devem ser considerados neste tipo de decisão", afirma o governante. Acrescenta ainda que não há explicação para que essa distinção não seja feita e para que a Região saia novamente prejudicada "por força do comportamento que se verificou em Portugal continental".

São estes os argumentos que estão a ser utilizados pelo Governo Regional para fazer ver ao governo inglês que deve existir uma distinção entre a realidade de Portugal continental e da Região, possibilitando que a Região volte a figurar na 'lista verde'.