Turismo Madeira

Requisição civil à greve do SEF é “o mínimo que se pode fazer”, diz Eduardo Jesus

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Foto SEF

O secretário regional de Turismo e Cultura atesta que “estamos perante uma situação onde não deve haver espaço para que uma minoria coloque em causa o interesse da grande maioria.”

O Governo da República decidiu hoje decretar requisição civil dos inspectores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) nos aeroportos portugueses, na sequência da greve marcada para as próximas semanas, pelo Sindicato dos Inspectores de Investigação, Fiscalização e Fronteiras.

Para Eduardo Jesus, “esta decisão do Governo é entendida como a única possível”, sendo que “é mais que obrigatório que o Governo tomasse uma decisão como esta, aliás como foi pedido, desde logo, pelo Governo da Madeira.”

O governante avança que “é preciso que fique bem salvaguardado que a requisição civil deve envolver a totalidade dos serviços, e não apenas os serviços mínimos.” No seu entender “é perfeitamente desadequada esta manifestação desta classe profissional neste momento, depois do esforço que todo o país está a fazer para recuperar os níveis de actividade do sector do turismo.”

É inaceitável que isto esteja a acontecer no país neste momento, sabendo a importância que tem a retoma das viagens, da actividade turística, para o relançamento de toda a economia. Para além das questões de segurança que são também evocadas na decisão da requisição civil. Eduardo Jesus, secretário regional de Turismo e Cultura

O secretário regional conclui que “o fundamental é percebermos que o país tem de estar empenhado na retoma da actividade turística, e não deve permitir, em circunstância alguma, pôr em causa um interesse que é comum”, mesmo que os interesses específicos sejam “legítimos”.

O ministro da Administração Interna considerou "absolutamente inaceitável e irresponsável a greve”, acrescentando que é “um grave atentado à segurança nacional, é inadmissível num quadro de uma situação de calamidade em que cabe também ao SEF verificar as condições de segurança sanitária, designadamente se os cidadãos que chegam a Portugal têm ou não os testes de diagnósticos de covid-19".