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Tunísia 'aperta' restrições face a enorme pressão nos hospitais

Foto: EPA/MOHAMED MESSARA
Foto: EPA/MOHAMED MESSARA

A Tunísia anunciou sexta-feira que vai acentuar as restrições implementadas para mitigar a propagação do SARS-CoV-2, já que o país está com os hospitais praticamente cheios e o número de óbitos diários é cada vez maior.

A informação foi anunciada pelo Ministério da Saúde tunisino, numa altura em que a média diária de mortes associadas à covid-19 é de 82, muito próxima do máximo diário de 89 óbitos registado no final de abril.

O primeiro-ministro, Hichem Mechichi, que está vacinado contra o SARS-CoV-2 desde abril, está infetado, de acordo com um comunicado divulgado pelo seu gabinete.

"O número de mortes ultrapassou as nossas expectativas", admitiu a porta-voz do Ministério da Saúde, Nissaf Ben Aleya, acrescentando que "a taxa de ocupação nos hospitais ultrapassou os 90%".

Já há quatro províncias em confinamento desde domingo e mais 28 territórios administrativos, dos mais de 250 no país, deverão 'fechar tudo' por causa da alta taxa de incidência da pandemia.

Nestes territórios estão proibidas festas, eventos desportivos e ajuntamentos. Aos habitantes é recomendada a permanência em casa e o comércio tem de fechar, exceto os serviços essenciais.

Viajantes que chegam à Tunísia têm de cumprir isolamento de cinco a sete dias, mas esta regra não é aplicável a pessoas vacinas e turistas.

Foi também decretado o recolher obrigatório entre as 22:00 e as 05:00 até 11 de julho.

A Tunísia contabilizou até hoje quase 400.000 infeções, em cerca de 12 milhões de habitantes, e 14.406 mortes.

A vacinação arrancou há 104 dias e pelo menos 1,7 milhões de pessoas receberam a primeira dose de uma das vacinas em circulação.