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Parabéns, Calheta

Comemoram-se, este ano, os 519 anos do município da Calheta. Estamos em festa esta semana. Se há pouco mais de duas décadas, esta parte mais ocidental da ilha era pouco valorizada e conhecida, neste momento, a Calheta é procurada pelas suas virtudes, na diversidade que a carateriza, em termos paisagísticos, climatéricos, sociais e humanos.

A juntar ao facto de se ter criado mais acessibilidades e serviços, graças aos fundos comunitários a que tivemos acesso, a Madeira, tal como o nosso país, passou a estar na rota dos destinos apetecíveis para novos públicos e turistas, atraindo pessoas mais jovens e famílias à procura de experiências diferentes, mais próximas da natureza e das populações locais. Muitos deles optando, mesmo, por fixar-se na Madeira. A Calheta usufruiu desta tendência, onde se criou novas oportunidades para os locais desenvolverem as suas próprias atividades profissionais.

Foi pela mão do PS que Portugal integrou a União Europeia, o que permitiu grandes investimentos, pois sozinhos não teríamos capacidade. Se fizermos uma retrospetiva daquilo que foi feito e quem financiou, rapidamente constatamos que sem a ajuda da Europa, a Madeira, que não produz receita suficiente para pagar os seus gastos, apesar de contar com a comparticipação do Estado, continuaria estagnada.

Apesar de muitas mudanças positivas, há sempre mais e melhor a fazer e mais e melhor poderia ter sido feito para o bem da população.

Foi com base na carta de princípios dos candidatos autárquicos do PS, com a qual me identifico, que orientei a minha postura no mandato que assumi desde 2017:

- Afirmando a autarquia local como agente de democracia;

- Afirmando a autarquia como entidade responsável, pautando o seu funcionamento por critérios éticos de transparência, equidade e sustentabilidade;

- Afirmando a autarquia como agente de coesão e de desenvolvimento;

- Afirmando a autarquia local como parceiro de mudança.

E por isso, neste mandato como vereadora, assumi uma postura cooperante, mas crítica e procurei levar assuntos que considerei importantes e alertar para problemas que fui identificando em cada freguesia e na ação da câmara.

São exemplos:

o mau estado do solário no Jardim, a necessidade de reabilitar o solar da piedade, a falta de limpeza da estrada para o Portinho; a necessidade de transportes no concelho para as zonas afastadas da estrada regional; a importância da reabilitação dos miradouros existentes na Fajã da Ovelha e na Ponta do Pargo; o interesse da Quinta Pedagógica como projeto de interesse municipal; a urgência de dar condições para os pescadores profissionais e de pesca recreativa ao porto e rampa do Paul do Mar, assim como os cacifos e condições de acesso à praia na ribeira das galinhas; a luta contra a descaraterização da nossa costa e a aquicultura intensiva; a preservação do património, nomeadamente capelas e moinhos de água; a limpeza dos caminhos florestais e veredas; a construção e manutenção de trilhos de BTT para dar segurança a quem pratica e a quem usufrui da serra; criação de condições de segurança na estrada regional no Arco da Calheta e um estacionamento, em que fiz recomendação ao governo, a falta de água no Arco;

a criação de uma nova centralidade e intervenção urbanística na Estrela, entre muitas outras iniciativas de âmbito autárquico e de âmbito parlamentar.

Por isso, espero continuar a merecer a confiança das pessoas do meu concelho para ajudar a construir um concelho cada vez melhor, onde todos se possam sentir respeitados e acolhidos e encontrem razões para ficar e viver na Calheta.