As autoridades afegãs aumentaram hoje para 78 o número de mortos em resultado das inundações que afetam o país há cinco dias, enquanto outras 32 pessoas estão desaparecidas e cerca de 2.600 casas ficaram danificadas.

"Até agora encontrámos 78 corpos devido às chuvas e inundações repentinas, enquanto 32 pessoas ainda estão desaparecidas e outras 30 ficaram feridas", disse o porta-voz do Departamento de Gestão de Desastres, Tamim Azimi, à agência Efe.

Pelo menos 25 das 34 províncias afegãs foram afetadas pelas chuvas e as equipas de resgate estão a tentar localizar os 32 desaparecidos, "muitos dos quais podem eventualmente ser encontrados mortos", reconheceu.

O responsável explicou que, em termos de assistência às vítimas, "aqueles que perderam um parente receberão 50.000 afegãos (cerca de 534 euros) e as famílias dos feridos cerca de 25.000 (aproximadamente 267 euros)", explicou.

A província ocidental de Herat é a mais afetada pelas chuvas que ainda fustigam grande parte do país, registando-se naquela zona a morte de 22 pessoas.

Centenas de famílias foram deslocadas e cerca de 2.600 casas ficara danificadas ou destruídas.

Além disso, as chuvas atingiram os agricultores, com a destruição de cerca de 2.000 hectares de lavouras e a morte de 3.600 animais.

Em algumas áreas, as inundações destruíram acessos e estradas.

O Afeganistão sofre frequentemente desastres naturais que causam um elevado número de mortes, como os deslizamentos de terra no nordeste do país, que em maio de 2014 mataram 2.000 pessoas, uma situação agravada por quase duas décadas de guerra.

Em agosto de 2020, enchentes desencadeadas por fortes chuvas que atingiram uma dúzia de províncias afegãs causaram quase 200 mortes e também destruíram mais de mil casas.