Mundo

Quatro capacetes azuis mortos durante um ataque no norte do Mali

None
Foto Shutterstock

Quatro capacetes azuis do Chade da missão da ONU no Mali (Minusca) foram hoje mortos durante um ataque contra o seu acampamento em Aguelhok, no nordeste do país, segundo as Nações Unidas.

Em comunicado, a Minusca refere que o "ataque foi complexo" e levado a cabo por vários terroristas "fortemente armados".

"Uma avaliação provisória mostra quatro soldados mortos e feridos", precisa a Minusca, dando conta que "helicópteros foram enviados para o local para retirar os feridos", e que os autores do ataque "sofreram pesadas perdas, incluindo vários mortos que foram deixados para trás".

"Duas posições da nossa força foram atacadas hoje de manhã em Aguelhok. Perdemos quatro elementos, incluindo o chefe do destacamento e registamos 16 feridos", indicou à agência France Presse uma fonte militar do Chade.

No comunicado, a Minusca destaca "a coragem e bravura dos capacetes azuis e agradece às forças internacionais pelo apoio aéreo", condenando "veementemente este desprezível atentado terrorista" que aconteceu a cerca de 200 quilómetros do posto de fronteira com a Argélia.

Para a ONU, trata-se de "mais uma tentativa contra o processo de paz", mas que não vai afetar a determinação desta força "em continuar a cumprir o seu mandato".

Uma fonte militar maliana avançou que, quase ao mesmo tempo, dois soldados do Mali foram mortos e seis ficaram feridos num ataque, também atribuído a 'jihadistas', em Diafarabé, uma localidade no centro de Mali localizada no rio Níger.

Desde 2012 que o Mali tem sido alvo de ataques 'jihadistas' no norte do país, tendo mergulhado numa crise de segurança que se estendeu para o centro do país.

A violência também se espalhou para os países vizinhos Burkina Faso e Níger.

Apesar das intervenções das forças da ONU, francesas e africanas, esta onda de violência e de ataques de 'jihadistas' tem provocado milhares de mortes e centenas de milhares de deslocados.